Histórias de pessoas que, por algum motivo, se isolam na natureza são inspiradoras, principalmente porque já pensamos nisso em algum momento de nossas vidas.
A diferença é que somente alguns poucos, como o norte-americano Richard Proenneke, conseguiram colocar a ideia em prática. Duas décadas antes de Christopher McCandless se mudar para o Alasca (e posteriormente ter sua história registrada no livro e no filme Na Natureza Selvagem), Dick, apelido de Richard, chegou em Twin Lakes, nas altas montanhas do mesmo Estado escolhido por McCandless.
Depois de servir a Marinha de seu país e aprender técnicas de carpintaria durante a Segunda Guerra, Dick contraiu uma doença reumática que o deixou de cama por seis meses. Segundo um amigo de longa data, isso o fez enxergar a vida de outra forma, e foi uma espécie de “razão que faltava” para dar cabo a sua libertação.
“É bom voltar à natureza selvagem, onde tudo está em paz”, ele diz no vídeo a seguir, que é um trecho extraído de um dos documentários produzidos sobre ele. “Aqui somos apenas eu os animais, a melhor sensação que já tive.”
Foi no fim da primavera de 1968, aos 52 anos de idade, que Dick deu as costas à civilização para viver numa paisagem distante, sem pegadas da sociedade. Pouco antes do início do inverno daquele ano, ele terminou de bater o último prego de sua casa e, desde então , foi capaz de se proteger da neve e das baixíssimas temperaturas do inverno no Alasca.
Durante um bom tempo, sobreviveu da caça e da pesca e só voltou à civilização aos 82 anos, para passar os últimos quatro anos de vida morando com o irmão na Califórnia.
Como o naturalista Henry David Thoreau, Dick escreveu um livro, Alone in the Wilderness, que, como os DVD’s que mostram um pouco do estilo de vida que levou por anos, está à venda no site dickproenneke.com
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