Por Mariana Mesquita
No próximo dia 26 de dezembro, o odontologista brasileiro Gustavo Sebben embarca em uma viagem de 12 mil quilômetros pela América do Sul. Apaixonado por esportes outdoor, ele pretende viajar rumo ao Aconcágua, mais alta montanha da América do Sul, na Argentina; surfar no Chile e visitar lugares como Torres Del Paine e Ushuaia. Detalhe: depois de curtir as férias, ele também irá ajudar crianças prestando orientações sobre higiene bucal e também entregará escovas de dente para a população infantil. Esta não é a primeira vez que ele une uma viagem ao trabalho voluntário. Além de ajudar as crianças em escolas de Canoas, cidade onde ele vive no Rio Grande do Sul, ele também viajou para a Amazônia como um expedicionário da saúde. “Tento associar coisas que amo no mundo, como corrida, surf, estrada e odontologia”, disse Gustavo. Além de trabalhar como odontologista, ele alimenta um blog (para conhecer, clique aqui), no qual escreve sobre suas viagens e planos. Abaixo, em entrevista à Go Outside, ele fala sobre o novo desafio.
GO OUTSIDE: Você poderia explicar melhor o conceito dessas suas viagens? GUSTAVO SEBBEN: Meus projetos se resumem a viagens, trabalho e voluntariado. Já participei de algumas aventuras: corri com o meu irmão no monte Pirineu; cruzei o Chile como jornalista, atualizando um guia do mochileiro independente da América do Sul. Fiz trekking no gelo, surfei no Pacífico gelado e gigante e corri no deserto do Atacama. Além desse tipo de expedição, faço trabalhos sociais todos os meses aqui em escolas de Canoas, no Rio Grande do Sul. Viajei para a Amazônia como expedicionário da saúde. Ou seja: tento associar a corrida, o surf, a odontologia e a estrada.
Nesta próxima aventura, quantas crianças você pretende ajudar?
É difícil saber. Comparando com outros trabalhos, posso dizer que existe uma média de 70 crianças por evento. Para essa viagem de agora, estou levando quase 300 escovas de dente e instrumentos odontológicos.
Qual o maior desafio para essa viagem?
O maior desafio vai ser o de sempre escolher o melhor caminho, mas nisso o instinto ajuda.
Para você qual a importância dessa responsabilidade com o próximo?
O que se ganha em troca dificilmente pode ser descrito em palavras. Durante minha viagem pela Amazônia, nunca esqueço o que eu ouvi de um senhor que voltava ao meu lado no avião. Olhando pela janelinha, uma selva infinita se afastava, então ele disse: “Imagina que lá no meio tem um índio que sentia muita dor. Mas você o curou”. É um raciocínio que marca para sempre.
BOA: Fotos da viagem pela Amazônia, enquanto orientava a populaçãp sobre a higiene bucal