A frase saiu da boca de do irlandês Pat McQuaid, atual presidente da instituição. Com isso, Lance está banido dos esportes: seus sete títulos consecutivos do Tour de France foram cassados e a UCI não pretende passá-los aos vice-campeões de cada ano. Portanto, as edições do Tour de France entre 1999 e 2005 não terão campeões.
Em seu pronunciamento oficial, a UCI admitiu também que esta não é a primeira vez que o ciclismo tem que “recomeçar do zero e se engajar no doloroso processo de confrontar com seu passado. Mas só assim o ciclismo pode refazer seu filme e incentivar novos atletas a competirem limpos".
A UCI testou companheiros de Lance que forram barrados no doping, mas assumiram suas culpas e ajudaram nas investigações que revelaram o maior complô de dopagem da história do ciclismo, protagonizado pela equipe U.S. Postal Service, da qual Lance fez parte entre 1998 e 2005.
Entre esses ciclistas, Tyler Hamilton foi testado 40 vezes até dar positivo, enquanto Floyd Landis foi banido em seu 46º exame. Lance passou limpo nas 218 vezes em que foi testado pela UCI, que se baseou em análises e explicações de outros órgãos oficiais antidoping para tomar a decisão de picotar a histórica carreira do norte-americano.
Na semana passada, Lance perdeu o patrocínio da Nike e se afastou da presidência da ONG Livestrong. Em seguida também perdeu os patrocínios das marcas Trek e Oakley.
PELOTÃO QUADRILHA: Lance e seus colegas da US Postal Service
Muitos fãs de Lance Armstrong ainda duvidavam que a União CIclística Internacional compraria a briga da USADA, a agência anti-doping norte-americana, para derrubar o maior colecionador de títulos do Tour de France. Mas hoje a UCI, o órgão máximo do ciclismo, declarou em seu site oficial que “Lance Armstrong não tem mais lugar no ciclismo”.