Na faculdade ele descobriu a escalada. “Foi por acaso que cheguei a esse esporte”, diz. “Mas me senti rapidamente atraído pela possibilidade de superar desafios por meio da força e do movimento.”
Para esse escalador, não importa se a pessoa tem duas, uma ou não tem nenhuma perna: todo mundo pode aprender como o próprio corpo se comporta durante a escalada. É por isso que, há quatro anos, Ronnie iniciou sua clínica adaptativa, cuja intenção é dar a oportunidade a pessoas com limitações parecidas com a dele, de experimentarem a escalada. “Esse esporte foi uma influência positiva na minha vida, então quero passar isso para outras pessoas também” (veja no vídeo abaixo).
Ronnie, que se especializou na construção de próteses, já introduziu a escalada para mais de 500 pessoas. “É uma fusão única de física, anatomia, biomecânica e outras disciplinas que convergem juntos em um único campo”, resume seu trabalho.
Nestes anos, o norte-americano passou a maior parte do tempo viajando pelos Estados Unidos para promover suas “clínicas adaptadas” – e é assim que ele pretende continuar levando a vida. Fazer esse bem às pessoas se tornou uma satisfação pessoal que ele considera “impagável”.
SEM LIMITES: Ronnie e a parede
Há sete anos, o norte-americano Ronnie Dickson teve a perna amputada na altura do joelho. Ele sofria um distúrbio congênito conhecido como doença de Trevor, que afeta o desenvolvimento. Por isso sua perna esquerda era mais curta. Como Ronnie tinha muitas dores, principalmente no dia seguinte ao futebol, um médico disse que ele teria uma melhor qualidade de vida caso optasse pela amputação do membro.