Sabe quando você está no lugar certo, com a câmera ideal, mas a foto não sai do jeito sonhado? Isso acontece com todo mundo. Para dar um upgrade em seu álbum de viagem, consultamos alguns dos melhores fotógrafos outdoor do planeta — e compilamos dicas infalíveis para você registrar com talento cenas de esporte, paisagens e retratos
Por Mario Mele
“TUDO É UMA QUESTÃO DE TREINO”, afirma o renomado fotógrafo profissional norte-americano Bill Hatcher, que já reportou expedições épicas para a revista National Geographic. “O que separa um simples disparo de uma foto excepcional é a preparação.” Sendo assim, eis aqui um guia de dicas e técnicas para que você esteja mais que preparado na hora do clique. >> ESCALADA NEM SEMPRE AQUELA FOTO INCRÍVEL de escalada, tirada acima das nuvens, com luz perfeita, horizonte distante e um escalador que transmite sensações reais de seu esforço exigiu técnicas especiais. “Muitas vezes contamos com a sorte de estar na hora e no lugar certos”, diz o norte-americano James “Q” Martin, aclamado fotógrafo de aventura que, aos 38 anos, já publicou em revistas como a Climbing e a Alpinist, além da própria Outside de seu país.
Segundo James Q, para se fazer imagens inesquecíveis de escalada –
esporte dos mais bonitos, e também dos mais difíceis de serem registrados por uma câmera –, mais do que ter toneladas de equipamentos profissionais de última geração, vale a vontade de fotografar e estar disposto a prestar atenção nos movimentos de um atleta e na paisagem ao redor dele. Escalar algumas vezes em uma mesma região ou parede rochosa, para reconhecer os melhores locais para fotos, é outro ponto a favor. “Você aprende com cada detalhe do lugar onde está e vai com o equipamento certo porque previu a luz ideal para determinada imagem”, afirma James. >> MOUNTAIN BIKE
(FOTO: Sterling Lorence)
A FOTOGRAFIA NÃO É APENAS UMA COMBINAÇÃO de fatores, como abertura do diafragma, velocidade do obturador e tipo de lente. É, antes de tudo, o registro de uma fração de segundo, um momento que pode passar despercebido até mesmo para quem estava a poucos metros da cena. O fotógrafo canadense Sterling Lorence já se surpreendeu ao olhar a tela de sua máquina fotográfica logo depois de um clique. Foi quando o mountain biker e conterrâneo Brandon Semenuk voou num backflip varando mais de dez metros uma trilha fechada em Squamish, no Canadá.
“Às vezes, o melhor ângulo é o mais óbvio”, diz Sterling, que não precisou se pendurar em uma árvore ou se escorar perto de um penhasco para fazer a foto que abre esta reportagem. Ele apenas ficou parado em um ponto da trilha, em um enquadramento considerado até meio antigo por fotógrafos de ação atuais, chegados a malabarismos em nome de uma bela imagem. “Quando um biker é tão bom quanto Brandon, o melhor é deixar as manobras falarem por si.” Do chão, Sterling conseguiu congelar o atleta e sua bike de ponta cabeça entre as árvores de Squamish – uma foto que está entre as melhores do ano segundo os editores da revista Outside norte-americana. O foco perfeito e a luz que ressaltou tanto o verde da vegetação quanto as cores da roupa de Brandon são detalhes que podem variar conforme a habilidade do fotógrafo e a qualidade do equipamento usado. A seguir, algumas dicas de Sterling e de outros fotógrafos feras no assunto:
> “Quem quiser realmente começar a tirar boas fotos de mountain bike deve se posicionar em uma parte veloz da trilha”, ensina Sterling. Em outras palavras, escolha um trecho mais técnico e fique ali parado esperando os ciclistas passarem a milhão. Para o canadense, fotos legais de ação nesse esporte devem mostrar movimento – um biker lento resultará em uma imagem tediosa.
> O mountain bike é um esporte perfeito para a aplicação da técnica panning, que congela o assunto (no caso, o atleta e sua bicicleta) e borra o fundo, dando a sensação de movimento. Se sua máquina permite ajuste manual, programe uma velocidade do obturador mais lenta (1/60 ou 1/45)”, sugere o fotógrafo brasileiro Alexandre Cappi, criador do banco de imagens BrStock, especializado em imagens de esportes outdoor. Antes de ir para a trilha, faça os primeiros testes com crianças correndo na rua. Foque uma delas e, ao disparar a foto, tente acompanhar com a câmera a velocidade do deslocamento da criança. Quando for para valer, o ideal é antecipar a trajetória do atleta e optar pela foto que mostre melhor a dificuldade do terreno”, completa. “Para isso, você pode escalar uma árvore e conseguir um ângulo aéreo, ou então deitar no chão para variar o enquadramento.”
>> SURF E VELA
SE O SURF É UM DOS ESPORTES MAIS PUROS em matéria de interação com a natureza, então fotógrafos da modalidade enfrentam sempre um grande desafio: mostrar de forma fiel a visão que, por exemplo, o mestre norte-americano Kelly Slater tem de dentro de um tubo, ou quão gigantescas são as ondas pegas pela big rider carioca Maya Gabeira.
> “A maior qualidade da fotografia de surf é a variedade de ângulos e equipamentos a nossa disposição”, diz o fotógrafo australiano Tim McKenna, que tem em seu portfólio as sessões mais clássicas e insanas que rolaram na bancada taitiana de Teahupoo nos últimos anos. Quem não pretende se molhar deve ter em mãos um tripé e uma lente teleobjetiva de 600 ou 800 milímetros para trazer o assunto para perto e conseguir emoldurar onda e surfista à distância”, diz ele. Nesse caso, construções na orla, cabanas de salva-vidas, montanhas, árvores, píeres ou dunas viram possíveis bases de observação e trabalho.
> Vestir nadadeiras, colocar a máquina fotográfica dentro de uma caixa estanque (geralmente feitas em fibra de vidro ou alumínio e ajustáveis a modelos profissionais como os da Nikon e Canon) e ir para o outside é para quem conhece bem os próprios limites como nadador. A dica do fotógrafo australiano Sean Davey, que já teve mais de cem fotos estampadas em capas das principais revistas de surf do mundo, é simples e sábia: “Comece em pequenas ondulações e cresça aos poucos, conforme ganha confiança”.
> Fotógrafos de surf e surfistas em geral passam perrengues parecidos e, segundo Sean, cada pico possui características peculiares. “Provavelmente as ondas mais difíceis de serem fotografadas de dentro d’água são as de Pipeline e Backdoor, no Havaí”, diz. “É preciso estar atento a elas em ambas as direções. Um vacilo significa ser arremessado em cima de uma afiada bancada de coral.” O cuidado deve ser redobrado quando também se faz presente um batalhão de fotógrafos profissionais lutando pelos melhores ângulos. Nos mares menores (e com mais surfistas na água), fique atento às quilhas e pranchas que passam por você.
> “A onda de Pipeline é a mais fotografada do mundo, portanto não é o melhor lugar para se tentar fazer aquela ‘foto única’”, diz Sean. “Se durante minha carreira inteira eu persegui a melhor luz do dia, nos últimos anos meu desafio tem sido ajustar as fotos ao começo da manhã e fim de tarde, quando há menos muvuca na água, mas também pouca luz.” Para Sean, isso é mais uma questão de abordagem do que uma técnica de fotografia. “Hoje eu nado para o outside às 5 horas da manhã, em vez de fazer isso às 9 horas, quando o crowd é bem maior. Mas tenho que usar técnicas e equipamentos que compensem a baixa luminosidade.”
> Mesmo na calmaria, tudo que está sobre o oceano movimenta-se constantemente. Por isso, o fotógrafo norte-americano Cory Silken, especializado em regatas a vela, aconselha “ver com os próprios olhos antes de mirar a lente”. Segundo ele, dessa forma você saberá em que elementos se concentrar para transmitir ao espectador o movimento que melhor representa um momento específico, que pode ser o esguicho de uma onda ou o ângulo de um barco em relação ao mar e ao horizonte. Isso vale também para fotos de surf e outros esportes aquáticos.
>> PAISAGEM
UMA MONTANHA NEVADA, uma trilha bem verde sombreada de árvores, um rio repleto de corredeiras sinistras. Seja lá em qual paisagem você estiver, há algumas dicas básicas de fotografia que, apesar de relativamente simples, rendem grandes imagens. Veja abaixo os toques do fotógrafo brasileiro Ignacio Aronovich, criador do site de viagem e estilo Lost Art (lost.art.br) e especialista em registrar a natureza:
> “Nunca deixe uma foto para depois.” O tempo pode piorar, a luz pode mudar rapidamente ou um problema com a bateria pode surgir do nada. “Perdi as contas de quantas vezes avistei uma montanha ao chegar a sua base e, dali a alguns minutos, ela já estava encoberta por neblina ou nuvem”, exemplifica. As condições do tempo em ambientes inóspitos costumam variar constantemente e, mesmo que você consiga fazer boas imagens depois, é sempre bom aproveitar logo a primeira chance e garantir a foto.
> O tempo instável pode ser um aliado, e aquele sol que sai entre nuvens logo após uma tempestade deixa o céu “dramático” e perfeito para integrar a composição de um rio caudaloso ou do mar. Seja rápido, porque normalmente essa luz dura pouco.
> Para fotografar paisagens, luz é tudo, e isso significa que os instantes antes, durante e logo após o nascer e o por do sol são preciosos. Nessas horas, a luz incide menos diretamente que, por exemplo, ao meio-dia, criando sombras e clareando pontos de forma mais sutil e bela. “A ‘luz mágica’ faz toda a diferença. Vale a pena madrugar para aproveitá-la melhor”, aconselha Ignacio. Outra vantagem de acordar quando o sol ainda nem deu as caras é a chance de ter poucas pessoas ao redor. Chegar bem cedo a lugares míticos como Angkor Wat, no Cambodia, Sukhothai, na Tailândia, ou Machu Picchu, no Peru, ajuda a evitar hordas de visitantes, garantindo a privacidade necessária para cliques históricos.
> Quem curte fotografar paisagens deve pensar seriamente em adquirir um tripé. Só com a câmera estável é possível fazer fotos de longa exposição com qualidade, sem que alguma informação saia tremida. “Na falta de um tripé, use o que estiver ao seu alcance para firmar a câmera, como uma camiseta dobrada em cima da mochila”, orienta Ignacio. Para não tocar no equipamento nem na hora de fazer a foto, dispare usando o self-timer. “Isso faz muita diferença.”
> Um erro – ou falta de cuidado – frequente em fotos de viagem é o registro de uma paisagem natural sem uma referência. A noção de escala é importante se você quiser mostrar se aquela cachoeira ou entrada de caverna tem dois, 20 ou 200 metros. A solução é simples: coloque uma pessoa ou objeto conhecido em sua foto. Tamanhos reais são mostrados com mais clareza quando alguém aparece na imagem.
> Depois de passar dias na trilha só vendo montanhas, você até pode achar que uma foto panorâmica de Machu Picchu é o melhor enquadramento. Mas, para não tirar somente fotos manjadas, pesquise antes de viajar. Uma simples fuçada em sites de fotos como o Flickr já ajuda a evitar imagens-clichê.
> Em fotografias de paisagem, o bom enquadramento é tão crucial quanto a luz. Um bom ponto de partida é pensar na regra dos terços. “Se o céu estiver incrível, enquadre dois terços dele e deixe o terço restante para a paisagem”, aconselha Ignácio. Se o céu não está lá grande coisa, reserve apenas um terço a ele. E, se não há uma razão especial para deixar a foto torta, procure manter o horizonte sempre alinhado. Para isso, há niveladores que são encaixados na sapata do flash e câmeras com “horizonte virtual” embutido. A regra dos terços funciona também em fotos verticais, geralmente para alinhar uma montanha ou uma cachoeira no melhor espaço do quadro.
>> RETRATOS
FAZER UM BOM RETRATO não é tão simples quanto parece. Trata-se, na verdade, de um dos grandes desafios de fotógrafos amadores e profissionais. Não basta apenas apontar a câmera para uma pessoa e pronto; um bom portrait geralmente surge de situações intimistas, em que se deve perder certo tempo ao lado da pessoa a ser fotografada para entender seus trejeitos e captar seus melhores ângulos. Não aja como um paparazzo – ao menos que você seja um. Vá por etapas, com calma, e suas chances de tirar grandes retratos aumentarão exponencialmente.
> “Você nunca deve ‘roubar’ uma foto de uma cultura exótica a seus olhos”, diz o fotógrafo Victor Affaro, que já viajou para países como Chade, Índia e Laos e, no Brasil, publica retratos de famosos e anônimos nas principais revistas, entre elas Playboy e Vogue. “A partir do momento em que você se apresenta e conhece a pessoa, a fotografia passa a ser uma conseqüência, porque você deixa de ser um intruso”, diz.
> Segundo Victor, em países do sul asiático como a Índia, a abordagem é mais fácil. “Eles gostam de conhecer pessoas de outras culturas, de testar o inglês deles.” Já na Bolívia acontece o inverso. As cholas, as típicas mulheres indígenas de saião e chapéu coco, acham que a fotografia rouba a alma e ficam irritadíssimas se alguém aponta uma câmera na direção delas. “E na Tailândia você não pode passar a mão na cabeça de criança porque, por motivos religiosos, isso é considerado uma ofensa”, alerta Victor. Portanto o ideal é fazer um pequeno estudo sobre a cultura do país aonde se viaja. Isso evitará que você cometa gafes ou crie confusões desnecessárias.
> Um bom retrato destaca alguma característica natural ou adereço da pessoa, que pode ser o olhar, o tom da pele ou a cor da roupa. Victor gosta de ressaltar as marcas de expressão. “Para isso, faça a foto perto do assunto, com o diafragma da câmera bem aberto. Assim o fundo sai desfocado e toda a atenção fica dirigida para o rosto.”
>> EQUIPAMENTO
“NÃO HÁ CÂMERAS RUINS, apenas maus fotógrafos”, acredita Ignacio Aronovich, do site Lost Art. Você não precisa investir em um equipamento profissional logo de cara se mal sabe operar a câmera do aparelho celular. O mais importante é conhecer o equipamento que possui. Ele dá outra dica importantíssima: lugar para ler o manual é em casa, com tranquilidade para fazer testes, e não na trilha ou em frente à paisagem mais linda que viu durante uma viagem. Eis alguns modelos mencionados pelos fotógrafos entrevistados para esta reportagem:
> Máquinas portáteis. Uma câmera portátil muito querida de fotógrafos profissionais dos esportes é a Canon S100 (R$ 2.300*; canon.com.br), que faz boas fotos com pouca luz. Apesar de ser compacta, a S100 tem características de zoom e abertura de diafragma de máquinas grandes.
> Outra que ganha tanto pela portabilidade quanto pela qualidade é a Fuji X100 (R$ 5.000; fujifilm.com.br), que além de bonita tem zoom abrangente e dá a opção de visor analógico.
> Máquinas profissionais. As máquinas top variam conforme a preferência pessoal dos fotógrafos. Entre os profissionais consultados, os modelos mais citados foram a Canon 5D Mark II (US$ 1.080*), a Canon 7D (R$ 7.000) e a Nikon D800 (US$ 3.000; nikon.com.br). Todas são versões digitais das tradicionais câmeras SLR (single-lens reflex), em que a luz passa apenas pela lente – em vez de ser reconhecida por um sensor – para então ser reproduzida na tela de LCD.
> Lentes. Para fotografar escalada, uma boa lente é a Nikon 24-120 milímetros (US$ 1.400), compacta e versátil. Fotógrafos de surf que vão para a água devem ter sempre uma grande-angular à disposição, caso não queiram deixar de fora do quadro um tubo ou um aéreo mandados a poucos centímetros. Uma excelente opção é a lente Canon 16-35 milímetros (US$ 1.590)
> As lentes objetivas que vêm nas máquinas digitais SLR funcionam bem, mas investir em lentes extras, como a Canon 24-105 milímetros (US$ 980) ou a Nikon 24-70 milímetros (US$ 1.900), trará mais qualidade às fotos, principalmente de paisagem.
> Filtros de densidade neutra e filtros polarizadores são úteis para fazer fotos com exposições prolongadas – por exemplo, destacar o efeito “véu” da queda d’água de uma cachoeira ou ressaltar o azul do céu.
> Acessórios. Caixa-estanque é item indispensável aos fotógrafos de surf. A mais usada pelos profissionais desse ramo é a Essex (US$ 1.280; surfhousings.com). Há modelos específicos para as câmeras Canon (5D Mark II e 7D), e vêm com cabo extensor anatômico. Fotógrafos de natureza também devem ter sempre um tripé ao alcance. O modelo Carbon Fiber, da Manfrotto (US$ 218; manfrotto.us), é leve, compacto e extremamente funcional.
* Os preços em reais incluídos nessa reportagem foram consultados em lojas indicadas pelo site do fabricante. Já os valores em dólar foram pesquisados no site de compras amazon.com, sem cálculo de frete.
>> TRATAMENTO DE IMAGEM POR MAIS QUE VOCÊ SEJA um PhD em Photoshop, não se empolgue no tratamento das imagens: excesso de maquiagem também incomoda em fotografia. “O pecado da saturação excessiva distancia a imagem da realidade e é facilmente identificado”, alerta Ignacio. Se você for cuidadoso e seguir as dicas dadas ao longo desta reportagem, suas fotos não precisarão de grandes correções. Para Victor Affaro, o tratamento de imagem serve para realçar somente aquilo que já está presente na foto. Ele não altera cor nem conserta erros de pele. Pelo contrário: segundo ele, as rugas de uma pessoa ajudam a compor um bom retrato.
O Lightroom, que como o Photoshop também foi desenvolvido pela Adobe, tornou-se o programa de tratamento de imagens preferido de dez entre dez fotógrafos profissionais. E o melhor: sua interface é simples para ser usado também por amadores. Vem com todos os comandos que você precisa: saturação, contraste, corte, shadow e highlight. Na versão 4, lançada recentemente, ele ainda separa as fotos por local, caso sua câmera tenha GPS.
(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de agosto de 2012)
PONTO DE VISTA: "Às vezes o melhor ângulo de uma foto é o mais óbvio", diz o fotógrafo
Sterling Lorence, autor desta imagem do mountain biker Brandon Smenuk em uma trilha do Canadá
Para ele, outro fator fundamental para tirar boas fotos durante uma escalada é o entrosamento com o parceiro – nesse caso, é essencial que o fotógrafo conheça bem esse esporte, para registrar toda a ascensão. “A ideia não é só escalar em segurança”, explica James Q. “Em uma dupla habilidosa, por exemplo, um escala e mantém a corda no lugar certo para o melhor enquadramento, enquanto o outro fotografa.”
SEMPRE ATENTO: Estar no lugar certo na hora certa é o segredo de Sterling Lorence
para tirar boas fotos de MTB
O "KELLY" DA FOTOGRAFIA: Foto do australiano Tim McKenna, um dos papas em
captar imagens de surf
(FOTO: Tim McKenna)
CHEIO DE ESTILO: Paisagens como está são especialidade de Ignacio Aronovich
(FOTO: Ignacio Aronovich)
BAITA CLIQUE: Foto de Victor Affaro de uma moradora do
Chade, na África central
(FOTO: Victor Affaro)