Em 2003, ele resolveu fazer parte do grupo de seres humanos com coragem de mudar de vida e tornar cada dia o resultado das próprias experiências. No caso dele, a vida não pode estar ligada à rotina.
Pode ser que o convívio com presidiários – pessoas que não tinham a possibilidade de fazer essa mudança imediata – o tenha inspirado a tomar finalmente essa decisão. E hoje ele não para um minuto: corre, pedala, escala na rocha e no gelo e, recentemente, lançou um livro que conta sua história (Echoes: One Climber’s Hard Road to Freedom; amazon.com Para Nick, diversão é o que mais conta. “Escalar para mim não é um esporte, é uma competição contra você mesmo”, diz sobre o esporte preferido.
Nick garante que não se acha superior a ninguém por ter tomado essa decisão, ao contrário de algumas mensagens que recebeu. “Não sou arrogante”, rebateu. “Sou um cara comum, que se conseguir inspirar uma ou duas pessoas com o livro ou o filme já terá feito um bom trabalho.”
ANTES E DURANTE: Nick Bullock espantando a rotina
Há cerca de 20 anos, o inglês Nick Bullock aprendeu a escalar. Dez anos depois, ele abandonaria o emprego como agente carcerário para dar vida a sua "voz interna". Para Nick, a maioria das pessoas aprendem a viver escutando esses "ecos" que passam pela cabeça. No entanto, poucas se esforçam o suficiente para torná-los reais.