É verdade que o sobrenome e o olho puxado do escalador Raphael Nishimura podem confundir, mas este paulistano de 31 anos de idade representou – e, muito bem, o Brasil no Campeonato Mundial de Paraclimbing, que acontece na mesma época do Mundial de Escalada, em Paris, entre os dias 12 e 16 de setembro.
Depois de se classificar em sexto lugar (última colocação) para o paredão principal, Raphael — que é portador de distonia muscular desde os 8 anos — surpreendeu a todos e conquistou a segunda colocação na competição, tornando-se o primeiro brasileiro a pisar no pódio do mundial. O primeiro lugar ficou para o indiano Manikandan Kumar.
O brasileiro chegou a se desculpar em seu perfil no Facebook por não ter tido bom desempenho na segunda via qualificatória. Mas hoje sua página está repleta de mensagens de parabenizações.
Raphael foi o primeiro a escalar e mostrou bastante técnica, chegando na 20ª agarra na via levemente negativa. Apesar de outros atletas irem mais longe, no paraclimbing existe um coeficiente de habilidade, para compensar os diversos níveis de deficiência e equilibrar os atletas. Esse coeficiente é multiplicado pela pontuação da via para se chegar à pontuação final. Raphael era o atleta que tinha o maior coeficiente, significando que ele era o que tinha maior dificuldade para executar os movimentos de uma escalada.
É BRASIL: Rafael na final do Campetonato Mundial de Paraclimbing