Sobrevivente


IMPÁVIDO: Garrett e o cheque pela maior surfada (FOTO: @tsherms)

Na última sexta-feira (04/05), aconteceu o Billabong XXL, o evento que se consagrou como o Oscar das ondas grandes. Pela quinta vez, a brasileira Maya Gabeira levou o prêmio pela melhor performance entre as mulheres, com uma onda surfada em Jaws, Havaí, em janeiro deste ano (saiba mais
AQUI). Mas, além de o evento reconhecer as ondas mais impressionantes surfadas na temporada, ele mostrou mais uma vez os ossos do ofício, o perrengue que esses atletas passam em busca das maiores.

Este ano, a categoria wipeout (ou “pior tombo”) esteve representada pelos brasileiros Felipe Cesarano e Rodrigo Coxa, que se deram mal num mega swell no Taiti, em agosto do ano passado, além dos australianos Danny Griffith (que não conseguiu sair em pé de uma onda em Shipstern Bluff, na Tasmânia) e Mark Mathews (por um rola em The Right, na Austrália), e o havaiano Garrett McNamara, que se enroscou no lip de uma montanha de água em Jaws, no Havaí.

Garrett foi quem levantou a estatueta, pouco antes de outra onda sua, de 78 pés — dessa vez surfada com perfeição em Portugal — ser reconhecida como a maior já surfada na história. Nesta edição do Billabong XXL, o havaiano representou o verdadeiro espírito do big wave surfing, no qual é preciso arriscar a vida para se dar bem na modalidade. Uma pena que o vídeo dos indicados não mostra o que cada surfista passa até ser resgatado da zona de arrebentação – às vezes o sufoco continua por longos minutos.