No último dia 11 de junho, 14 praticantes de highline completaram com sucesso a travessia de uma linha gigante entre a Dent du Géant e o Mont Mallet, no maciço do Mont Blanc, próximo a Chamonix, na França.
O grupo — que incluía os franceses Aurélia Lanoë, Antoine Mesnage e Camille Le Guellaut, entre outros — utilizou drones para auxiliar na instalação da linha a 4.000 metros de altitude. Foram mais de dois dias para esticar a fita de 19 mm de largura e 788 metros de comprimento sobre o abismo, além de três dias prévios dedicados à preparação da estrutura.
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A mídia francesa, incluindo o jornal Le Monde, destacou o feito, ressaltando a dificuldade técnica envolvida e o fato de tudo ter ocorrido sem incidentes. A comunidade de esportes de aventura celebrou o marco como um verdadeiro acontecimento. O alpinista britânico e guia no Everest Kenton Cool comentou nas redes sociais que a travessia representa “uma visão ousada suspensa entre o céu e a rocha”.
Cada passo durante os 45 minutos da travessia exigiu concentração total — o vazio sob os pés fazia cada batida do coração parecer mais intensa. “Ter caminhado entre esses dois picos ainda parece irreal”, disse Le Guellaut, em depoimento reproduzido pelo site Explorersweb.
A Dent du Géant, com 4.013 metros, é uma agulha rochosa imponente acima do glaciar du Géant, enquanto o Mont Mallet, com 3.989 metros, é menos conhecido e está a quase um quilômetro de distância.
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Drone como ferramenta na montanha
Conectar os dois picos por meio de escalada seria um grande desafio. O terreno inclui o glaciar du Géant, repleto de gretas, além de rochas soltas e instáveis, sem qualquer rota estabelecida entre eles. A descida pela rota normal da Dent du Géant — íngreme e técnica (grau 5.9) — leva até o glaciar, seguida por uma subida difícil e incerta pelas encostas de neve e rocha do Mont Mallet. Essa travessia levaria vários dias mesmo para alpinistas experientes e bem equipados — daí a importância da tecnologia de drones, que tem se tornado cada vez mais útil nessas empreitadas.