Nos últimos anos, a análise genética surgiu como uma nova ferramenta para otimizar a saúde e o desempenho atlético. Hoje, já mais acessíveis para os consumidores finais, testes genéticos oferecem insights que ajudam a personalizar rotinas de exercícios e dietas alimentares com base nas características genéticas individuais.
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Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas no mundo já realizaram esses testes, buscando não apenas descobrir suas origens, mas também entender como os genes influenciam áreas como saúde, nutrição e potencial atlético.
Um estudo realizado pela Genera em parceria com a USP revelou que 87,2% dos participantes utilizam testes genéticos para identificar predisposições a doenças, enquanto 86,2% buscam conhecer sua ancestralidade biogeográfica. Outro dado interessante é que 64% relataram mudanças positivas e personalizadas em seus hábitos de saúde após receberem os resultados, destacando o impacto prático dessas análises.
“Embora os genes desempenhem um papel fundamental na saúde, fatores como dieta, sono, treinamento e motivação são igualmente importantes para o sucesso esportivo. Esses fatores complementam a genética no desempenho atlético”, destaca Ricardo Di Lazzaro, médico, doutor em genética pela USP, cofundador da Genera.
Um estudo da Universidade Anglia Ruskin, de 2021, revelou que a genética individual pode ser responsável por até 72% da diferença nos resultados entre as pessoas após o exercício.
“Mais de 200 polimorfismos genéticos já foram associados ao desempenho atlético, ressaltando o potencial da genética esportiva para personalizar intervenções. A pesquisa da Genera ainda demonstra que 64% dos usuários mudam seus hábitos de saúde após os resultados, comprovando a eficácia prática dessas análises. A tecnologia incorporada aos testes genéticos tem ajudado na redução dos custos e aceleração dos resultados, permitindo um cuidado preventivo de qualidade. Vale sempre lembrar que essas análises se tornam mais precisas e seguras quando médicos ou profissionais da saúde estão envolvidos no processo de mudança de hábitos”, completa o especialista.
A análise genética pode ajudar em alguns pilares no desempenho esportivo:
- Treinamento personalizado: com base no perfil genético, treinadores podem recomendar exercícios mais adequados ao tipo de fibra muscular ou à capacidade aeróbica.
- Nutrição esportiva: a genética pode indicar como o corpo metaboliza nutrientes, permitindo ajustes na dieta alimentar para melhorar o desempenho. Por exemplo, algumas pessoas podem ter uma maior necessidade de carboidratos durante o exercício, enquanto outras se beneficiam mais de uma dieta rica em proteínas.
- Prevenção e recuperação: testes genéticos ajudam a prever riscos de lesões e a planejar estratégias eficazes de recuperação, ajustando rotinas para evitar distensões musculares e otimizando o tempo de descanso.