Esportes em grandes altitudes reduzem a fertilidade masculina, diz estudo

Por Redação

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Foto: My Good Images / Shutterstock.

Um novo estudo publicado no Nature Reviews Urology revelou que os baixos níveis de oxigênio associados a esportes em grandes altitudes afetam a qualidade do esperma e reduzem a fertilidade masculina.

A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade de Newcastle, na Austrália, aborda de uma maneira geral o sério declínio na fertilidade masculina nas últimas cinco décadas.

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De acordo com os pesquisadores, vários estudos demonstraram que a falta de oxigênio nos testículos ameaça a saúde reprodutiva.

Do ponto de vista médico, um homem é considerado infértil se, após 12 meses de relações sexuais regulares e sem proteção, nenhuma gravidez ocorrer. Aqueles com baixa fertilidade têm menos chances de conceber. Tanto a infertilidade quanto a baixa fertilidade aumentaram drasticamente nos últimos anos.

Condições médicas como apneia do sono, torção testicular e varicocele são as principais causas. A varicocele (dilatação das veias no escroto) representa 45% dos casos de infertilidade masculina. Enquanto isso, entre 13% e 30% dos homens sofrem de apneia do sono.

Já trekkings ou escaladas em grandes altitudes têm um efeito mais curto sobre o esperma. No entanto, ainda há um risco, de acordo com os pesquisadores.

Os baixos níveis de oxigênio podem não causar infertilidade permanente, mas levam a uma baixa contagem de espermatozoides, redução na qualidade do esperma e alterações na produção de hormônios.

A médica Tessa Lord, que liderou o estudo, comentou: “Os efeitos na fertilidade são de curto prazo, mas ainda podem levar alguns meses para serem revertidos após o retorno ao nível do mar.”

Os efeitos de longo prazo da privação de oxigênio ainda são desconhecidos.

No entanto, com base em evidências recentes, Lord sugere que “a hipóxia testicular nos pais pode resultar em embriões com problemas de desenvolvimento, e essas crianças podem crescer enfrentando dificuldades de fertilidade também.”