A etapa 2 da Brasil Ride foi de muita lama e chuva na Bahia, com poças e trechos escorregadios que fizeram muitos atletas sentirem na pele a verdadeira experiência de uma das ultramaratonas mais difíceis do Brasil.
Com poucos momentos de estiagem, mesmo os trechos de estradão estavam encharcados. Para muitos participantes, entre todas as etapas – até o momento – esta foi a mais difícil. Como informou a dupla open vencedora de hoje: Wallace Assis (Tutano) em sua sexta temporada e Thiago (Barba) Oliveira, em sua quinta Brasil Ride.
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A dupla mineira aguardava ansiosa os três minutos que os fariam campeões da etapa e contaram sobre a prova. “Foi pancada, dura demais com essa chuva A gente já esperava esse percurso bem pesado. Mas é o que a gente gosta, né? Foi o mais difícil de todos os outros anos”, revelou Barba, enquanto Tutano citou as dificuldades como trechos que tiveram que empurrar a bicicleta, os trechos técnicos e muita subida.
Torcida
E nem a chuva atrapalhou os cerca de 15 alunos e professores da Escola José Francisco Assunção da Fazenda Batalha – no Distrito de Vale Verde, em Porto Seguro -, esperarem ansiosos e animados a passagem dos ciclistas. Aos gritos de empolgação, os ciclistas cumprimentavam os torcedores mirins. A professora Josy Araújo, levou com ela Brenda, Ryan, Esther e tantos outros que pulavam de alegria a cada toque dos participantes. “É um evento internacional que movimenta a economia local e a gente fica na torcida é emocionante, né?”, disse.
Campeões
A elite masculina teve como vencedor, o português Tiago Ferreira (Vouzela Bh Tf), que transpôs os 126,2 km de distância e 2.190 m altimetria acumulada, em 4h47m10s337ms, seguido do austríaco Manuel Pliem (Austria Pure Humanpwr) com 4h48m37s587ms (diferença de 1m27s250sm) e o holandês Hans Becking (Buff Megamo Team) com 4h49m09s740ms (diferença de 1m59s403ms), falou das dificuldades do dia.
“Foi realmente um desafio a etapa de hoje e consumiu mais o mental que o físico. Era muito barro e uma das subidas mais íngremes da etapa, a bicicleta parava com o barro e tinha que caminhar, mas escorregava. Foi uma sobrevivência mesmo. Quem conhece minimamente as etapas da Bahia e com este tempo já sabe mais ou menos o que tem de fazer e consegue gerir melhor a performance. Para amanhã, a expectativa é que pare de chover e que o terreno seque um pouco, pois temos mais etapas pela frente com a famosa Sete Voltas e subida da batalha”, explicou.
Tessa Kortekass (Cannondale Isb Sport) segue líder com a vitória da Etapa 2. A holandesa fez a prova com 5h34m11s427ms. Irina Luetzelschwab (Switzerland) foi a segunda com diferença de 13m16s503ms (5h47m27s930ms) atrás da campeã. Completando o trio, a brasileira Karen Olímpio (Soul Cycles Free Force), com 6h06m23s460ms e diferença de pouco mais de 30 minutos. Apesar da vitória, Tessa revelou estar nervosa no início da etapa.
“Como eu ganhei ano passado, sempre há um pouco de pressão, mas só corri minha própria corrida. Esta em um pelotão que depois do meio da prova se dispersou. Mas me diverti, caí e senti a bike 10 kg mais pesada, o barro ficou preso na suspensão e foi um grande problema”, salientou a campeã da elite feminina de 2023.
ETAPA 2 – DIA 21/10/2024
SOLO ELITE MASCULINO
1- Tiago Ferreira (Portugal)
2- Manuel Pliem (Áustria)
3- Hans Becking (Holanda)
SOLO ELITE FEMININO
1 – Tessa Kortekaas (Holanda)
2 – Irina Luetzelschwab (Suíça)
3 – Karen Olímpio (Brasil)
As etapas da ultramaratona:
3ª etapa, dia 22/10 – 77,8 km e 2.450 m de altimetria em Guaratinga
4ª etapa, dia 23/10 – 101,2 km e 2.670 m de altimetria em Guaratinga
5ª etapa, dia 24/10 – 137,4 km e 2.155 m de altimetria de Guaratinga a Eunápolis
6ª etapa, dia 25/10 – 19,7 km e 264 m de altimetria em Arraial d’Ajuda
7ª etapa, dia 26/10 – 47 km e 519 m de altimetria em Arraial d’Ajuda