Visual incrível e estradas perfeitas marcaram o 10° episódio da websérie Expedições, protagonizada pelo bicampeão mundial de MTB Henrique Avancini.
A Serra da Rocinha, subida que liga os estados de Santa Catarina ao Rio Grande do Sul (Rodovia BR-285), foi o local escolhido para a nova empreitada.
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Com um percurso aproximado de 14 km, ela é considerada uma das subidas mais difíceis do Brasil, sendo enquadrada na classificação HC (subida com 10 metros de altura verticalmente em uma proporção de 100 metros retilíneos percorridos). A Serra da Rocinha liga os municípios de Timbé do Sul (SC), com 123m de altitude, a São José dos Ausentes (RS), com incríveis 1.200m.
“A Serra da Rocinha é uma via que já era existente, mas que foi pavimentada recentemente quase que totalmente, então a subida como ela é hoje é pouco conhecida ainda, são poucas pessoas que já passaram lá. Trata-se de uma serra simplesmente espetacular, lindíssima, uma estrada muito bonita, muito bem construída também. A subida começa na saída da cidade de Timbé do Sul, que é um lugar muito bucólico, bonito demais e acho que com um estilo de vida bem diferente dos grandes centros, com aquela cadeia montanhosa imponente servindo de moldura”, diz Avancini, que na sequência falou sobre as descobertas que está tendo gravando o Expedições.
Assista abaixo:
“Por não estar competindo, esse tem sido um ano onde eu pude tentar desenvolver técnicas muito mais simples de treinamento, de preparação. Tenho feito muitas experiências, principalmente relacionadas com a respiração, exercícios respiratórios na bike e fora dela para tentar incrementar o meu desempenho, e esse tem sido um laboratório muito interessante de aprender a desenvolver o meu corpo com estímulos naturais. E o ritmo, o desempenho na subida da Serra da Rocinha foi muito bom, quase que surpreendente. Eu bati o recorde da subida, fiz uma wattagem média bastante alta também. Sustentei o esforço com uma certa tranquilidade, então foi sensacional sentir o corpo entregando um bom desempenho”.
A Serra da Rocinha conta com inclinação média de 7,2%. E Avancini não superou esse desafio sozinho. Ao seu lado estavam duas pessoas muito especiais em sua história. E também da história do ciclismo brasileiro: Márcio May e Gustavo Maninho.
“O Márcio May é uma grande referência do nosso ciclismo brasileiro, é um cara muito respeitado, muito legal, e foi divertido demais compartilhar alguns dias com ele. Foi um convite que veio bem em cima da hora, quando eu decidi finalmente fazer a viagem, eu chamei ele na véspera, no outro dia viajei e dois dias depois nós já fomos pedalando juntos. Além dele, chamei também um amigo de longa data, o Gustavo Maninho, um cara que trabalhou muito tempo com juniores no Brasil, e quando eu era da categoria júnior, eu tive a oportunidade de correr por ele também em algumas provas. Enfim, foi um cara que fez muito pelo ciclismo brasileiro, por muita gente, foi ali uma pessoa que possibilitou que muitas carreiras fossem à frente, inclusive a minha, e foi muito legal compartilhar esse momento com eles. O Maninho foi o nosso piloto da moto gravando”, comentou Avancini, que fez o percurso com o tempo de subida de 40’43”, médias de 177 Bpm e 400W.