Campeão Mundial de Cross Country Sub-23, o chileno Martin Vidaurre foi o mais veloz do primeiro dia da Ultramaratona Brasil Ride, com o tempo de 2h02m05s553ms, seguido do campeão da Brasil Ride 2023, o português Tiago Ferreira, a milésimos de segundos (2h02m05s817ms), e do brasileiro José Gabriel Almeida, com 2h02m06s807ms.
Sua estratégia para a etapa foi dar um start maior. “A prova foi rápida, era mais curta e decidi por andar um pouco mais forte. O grupo era muito grande e todos queriam entrar na trilha primeiro. Por isso resolvi me posicionar bem. Foi uma boa etapa, uma boa trilha e muita água. Para amanhã, vamos ver. A etapa é longa”, revelou.
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Tiago Ferreira explicou que o terreno estava um pouco pesado pela chuva dos dias anteriores, mesmo assim, a etapa foi bastante rápida. “Segui no grupo da frente, eu, o Martin, o Zé Gabriel e o Lucas [Kauffmann]. Depois o Lucas acabou por quebrar e seguimos os três até o fim para conseguir abrir o máximo de distância. Estou feliz com o início, e estou pensando mais no tempo de classificação geral, pois amanhã começa a Brasil Ride. Sou atleta de maratona, o ‘passar das horas’ me favorece. Vamos ver o dia-a-dia sem pensar muito nos próximos dias”, completou.
Elite Feminina
A Elite Feminina também teve brasileira no pódio. Apesar do primeiro lugar ter sido da holandesa Tessa Kortekass (Cannondale ISB Sport) com 2h25m09s337ms, a brasileira campeã panamericana Karen Olímpio (Soul Cycles Free Force; 2h25m37s087ms) segue firme na disputa ao lado da suíça presença olímpica na Brasil Ride, Irina Luetzelschwab (Team Bulls Swiss; 2h26m00s337).
Tessa revelou que é a primeira vez que divide a disputa com Karen e disse que resolveu não exigir tanto pois ainda tem 6 dias de competição.
A holandesa Tessa Kortekaas, a brasileira Karen Olímpio e a suíça Irina Luetzelschwab foram as primeiras colocadas do primeiro dia da Brasil Ride 2024 (Créditos: Wladimir Togumi/ Brasil Ride)
No pódio da Elite Masculina, o chileno Martin Vidaurre levou a melhor; Tiago Ferreira foi o segundo e o brasileiro José Almeida, o terceiro (Créditos: Wladimir Togumi/ Brasil Ride)
Karen, que estava há 5 anos sem competir na Brasil Ride, concorda que a etapa de hoje foi para conhecer e buscar estratégias para os próximos dias. “O dia foi de lama e emoção. Quis apimentar um pouco a temporada e não esperava que tivesse uma largada tão intensa. A Tessa abriu vantagem na trilha e eu acabei ficando no trânsito, então foi difícil buscar imediatamente. Tracei uma estratégia para chegar, já que a Irina estava sempre muito próxima. Achei meu ritmo e segui. Não adianta doar tudo e não sobrar nada para os outros dias. Ainda teremos grandes dias de disputa”, concluiu.
Prestigiando o evento e os atletas, o Secretário de Turismo de Porto Seguro Guto Jones esteve na Brasil Ride e conheceu os vencedores da etapa no pódio e a estrutura organizacional do evento.
Etapa 2
Amanhã, os 500 atletas seguem para uma etapa longa e épica, que se inicia na Arena Uíki e finaliza no famoso acampamento, carinhosamente chamado de Vila Brasil Ride, em Guaratinga. O percurso tem 126,2 km de distância e 2.190m de altimetria acumulada.
De acordo com o Diretor de Provas da Brasil Ride, Rafael Campos, a saída para Guaratinga acontece às 7h. É nesse dia que os atletas cruzam o Parque Nacional do Pau Brasil, uma unidade de conservação extremamente preservada com características únicas, uma região de Mata Atlântica.
“Single tracks e terrenos planos, mas com muita água e folhas esperam os participantes ao longo do caminho. O dia é de grandes trechos de estradão de terra e alguns de até rodovia, por isso a atenção deve ser redobrada e a velocidade deve ter uma média alta. A etapa 2 tem tempo limite e os atletas precisam passar pela linha de chegada até às 17h45, para ser considerado finisher. Na chegada, os atletas se acomodam em suas barracas e seguem para o jantar de premiação”, finalizou.