Um mochileiro solo e ex-guarda florestal dos Parques Estaduais da Califórnia, Estados Unidos, que desapareceu no Parque Nacional de Yosemite no final de agosto, foi encontrado morto, informaram autoridades do parque no sábado (14).
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Kirk S. Thomas Olsen, de 61 anos, desapareceu perto do Lago Ostrander em algum momento entre 23 e 27 de agosto, conforme o parque relatou em uma publicação no Facebook na sexta-feira (13).
De acordo com seu perfil no LinkedIn, Olsen trabalhou para a agência de parques estaduais por 10 anos, começando em 2014; seu perfil também menciona que ele havia trabalhado em três parques nacionais e dois zoológicos, embora não cite quais. Holly Leeson, sobrinha de Olsen, disse ao jornal nortea-americano The Tribune que seu tio já havia trabalhado como intérprete de elefantes-marinhos no Parque Estadual Hearst San Simeon, mas que ele não trabalhava mais para o parque na época de seu desaparecimento e que tinha a intenção de usar sua caminhada no Parque Nacional de Yosemite para decidir seu próximo passo.
Falando com o jornal San Francisco Chronicle, Leeson disse que os guardas florestais começaram a procurá-lo na quinta-feira (12), depois que um guarda encontrou uma nota no carro de Olsen dizendo que o caminhante planejava retornar duas semanas antes. Embora o Serviço Nacional de Parques (NPS, sigla em inglês) não tenha especificado a causa da morte, Leeson disse que as autoridades acreditam que ele pode ter se perdido após sair da trilha.
Embora não estivesse imediatamente claro qual rota Olsen seguiu, o NPS descreve a caminhada até o Lago Ostrander como uma trilha “exigente” de 18,3 km de ida e volta, com um ganho de elevação de 457 metros. Uma página sobre a caminhada observa que a estrada Glacier Point, que é usada para acessar a trilha, fecha após “a primeira queda de neve significativa” da temporada, e que o estacionamento durante a noite é proibido após 15 de outubro.
Em uma atualização no Facebook, Leeson agradeceu aos resgatadores e pediu aos caminhantes que “sempre que possível, viajem com um companheiro e fiquem seguros”.
“Meu falecido tio era um caminhante experiente e um ex-guarda florestal, infelizmente a Mãe Natureza, em toda a sua glória, não leva em conta a experiência passada, e fazer trilhas sozinho nunca é uma empreitada sem riscos”, escreveu Leeson.
Os parques nacionais dos Estados Unidos são geralmente muito seguros para os milhões de visitantes que os frequentam, mas caminhantes e outros aventureiros morrem nos parques todos os anos. De acordo com dados de mortalidade do NPS, o Parque Nacional de Yosemite registrou uma média de cerca de 11 mortes anuais entre 2007 e 2022. Quedas foram a principal causa de morte no parque, representando um total de 54 fatalidades, seguidas por problemas médicos (34 mortes) e afogamentos (21 mortes).