O Governo do Rio de Janeiro fechou todos os 40 parques de conservação do estado temporariamente para concentrar os esforços no combate às queimadas.
A medida provisória foi anunciada pelo secretário de Estado de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, no último final de semana.
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Um dos incêndios atingiu o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana do Rio de Janeiro, que possui a maior rede de trilhas do Brasil.
De acordo com administração do local, devido à dificuldade de acesso, uma equipe especializada precisou subir a montanha para fazer o reconhecimento da situação na última sexta-feira (13).
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Segundo dados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ), no último domingo (15), mais de mil incêndios florestais no estado foram extintos desde a criação do gabinete de crise na quinta-feira (12).
“A corporação atua, por ar e por terra, no combate às ocorrências de fogo em vegetação. O CBMERJ utiliza drones com câmera térmica para monitoramento das áreas afetadas, além de aeronaves com capacidade para transporte de até 1.200 litros de água para ataque direto aos focos em locais de difícil acesso”, diz o texto.
Dados do monitoramento por satélite feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) endossam as preocupações no estado. As imagens captadas da atmosfera permitem mapear os maiores focos de queimadas. Desde o início do ano, são 960 registros. Já é o maior número de ocorrências em um único ano desde 2014, quando houve 1.283 registros.
Somente em setembro, foram detectados até o momento 255 focos de queimadas no Rio. É o maior número registrado para o mês desde 2011, quando houve 504 ocorrências.
Entre as unidades que sofreram com os focos de incêndio estão o Parque Estadual da Serra da Concórdia, os Monumentos Naturais Serra da Beleza e Serra da Maria Comprida, além dos Parques da Pedra Branca, Três Picos e Cunhambebe. Em pontos considerados críticos, como o da Serra da Beleza em Valença, no sul do estado, o combate às chamas já dura dias.