O Brasil vive a sua pior seca em 70 anos. Desde 1950, quando os dados começaram a ser colhidos, não se registrava uma situação tão grave no país.
A informação é do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Foram avaliados dados de 1950 a 2024 utilizando o Índice de Precipitação Padronizado de Evapotranspiração.
Veja também
+ Como a Itália está planejando uma nova taxa para turistas de 25 euros por dia
+ Raygun não nos deve desculpas por sua performance no breaking olímpico
+ As mulheres que você precisa assistir no Rocky Spirit online, de protagonistas a diretoras
Segundo o centro de monitoramento, a ferramenta que é utilizada para medir e monitorar a seca leva em conta a quantidade de chuva que cai e a quantidade de água que se perde por evaporação e transpiração das plantas.
O boletim de monitoramento de agosto aponta 3.978 municípios com algum grau de seca, sendo que 201, em condição de seca extrema.
A previsão é de que o número suba para 4.583, com 232 em seca severa agora em setembro. E a situação pode se agravar já que a previsão é de atraso no início da estação chuvosa.
O boletim também apresenta dados sobre o monitoramento da seca em terras indígenas.
Em agosto, 45 foram classificadas na condição de seca extrema e 161 com seca severa, a maior parte está localizada nas regiões Norte e Centro-Oeste.
O número de dias secos consecutivos, que ultrapassou 120, em 2024 em muitas regiões, também pode causar impactos na agropecuária, principalmente nas safras de milho e feijão.
No ano passado, cerca de 30% dos municípios brasileiros apresentaram ao menos um mês de condição de seca severa, extrema ou excepcional.