Com o Sena finalmente liberado, francesa vence prova de triathlon em Paris 2024

Por Redação

Depois de muita polêmica envolvendo a qualidade da água, o Rio Sena finalmente foi liberado para a prova do triathlon, nesta quarta-feira (31), em Paris.

Incentivada pela torcida local, a francesa Cassandre Beaugrand conquistou a medalha de ouro com o tempo de 1h54min55s.

Veja também
+ Doping nas Olimpíadas: como a WADA atua nos Jogos
+ Atraso do triathlon é culpa da crise climática, diz organização dos Jogos
+ Pepê Gonçalves e Ana Sátila avançam às semifinais da canoagem slalom

O pódio foi completado pela suíça Julie Derron (1h55min1s), já o bronze ficou com a britânica Beth Potter (1h55min10s).

A prova também contou com as brasileiras Djenyfer Arnold (20º lugar) e Vittoria Lopes (25º lugar).

Djenyfer acabou tomando uma punição de 15 segundos, que ela precisou cumprir durante o trajeto da corrida.

Logo após a prova, ela não sabia a razão, mas suspeitava que fosse por causa de um contorno na boia.

“Eu esperava fazer um Top 10 para trazer o melhor resultado no feminino para o Brasil, mas o 20º foi o que acabei conseguindo”, lamentou Djenyfer logo após a prova, em depoimento reproduzido pelo UOL.

Já Vittoria Lopes fez uma prova de natação bem forte, saindo em terceiro. Assim que começou no ciclismo, porém, foi uma das muitas que sofreram quedas. Como choveu bastante durante a madrugada em Paris, o piso estava escorregadio, e a brasileira caiu no asfalto.

Sua prova acabou sendo inteira prejudicada, e ela terminou em 25º. “Eu não entendi por que derrapou, juro. Coloquei a pressão baixa, não entendi”, disse ela, que teve que recolocar a sapatilha perdida no tombo e depois parou três vezes para checar a pressão do pneu e perdeu segundos preciosos. Além disso, saiu reclamando de um machucado na altura da coxa esquerda.

Para a prova mista, que acontece no dia 5 de agosto, o time brasileiro já trabalha com a possibilidade que o triatlo poderá dar lugar ao biatlo. Isso porque há previsão de chuva e a sujeira acaba no rio, fazendo a qualidade da água piorar.

“Nosso relay forte, esperar que não vire do duatlo, porque tem grandes chances de virar, é o que está rolando aí. Se for triatlo, nosso relay é forte, com chance de medalha sim. No duatlo a gente perde um pouco, porque como eu, Miguel e Vitória temos pontos fortes na natação, acaba influenciando muito”, explicou Djenyfer.

No triathlon olímpico, os atletas nadam 1,5 km, pedalam 40 km e correm 10 km (as distâncias são as mesmas para homens e mulheres).

A partir dos Jogos de Tóquio 2020, a modalidade também passou a ser disputada no formato de revezamento misto, no qual equipes formadas por dois homens e duas mulheres competem em uma prova de curta distância.