Desaparecido desde o dia 30 de junho, o brasileiro Marcelo Motta Delvaux morreu ao tentar escalar o Nevado Coropuna, no Peru, de acordo com amigos do montanhista.
Delvaux estava desaparecido após chegar ao topo da quarta montanha mais alta do país, com 6.425 metros. Seu sinal de GPS parou durante a descida, a 6.300m.
Ele deveria ter retornado ao acampamento no primeiro dia de julho, mas não apareceu. Por causa da localização remota da montanha, os resgates começaram apenas no dia 4.
No último final de semana, após seguir o sinal de GPS, a equipe de resgate encontrou os bastões de escalada de Marcelo fincados na neve ao lado de uma greta.
De acordo com o relato feito pelo guia Pedro Hauck ao site Alta Montanha, havia sinais de que Marcelo caiu na greta.
Não foi possível descer para tentar resgatar o corpo porque a neve era instável no local, o que impede a fixação do equipamento de ancoragem.
Para arcar com o alto custo da equipe de buscas, a família de Marcelo Delvaux iniciou uma campanha de financiamento coletivo. Saiba como contribuir aqui.
Marcelo era um montanhista como experiência nos Andes e Himalaia. Ele começou a escalar altas montanhas nos anos 2000 e esteve em 54 cumes acima de 6 mil metros desde então.
“Qual era o projeto de Marcelo Delvaux? Qual era seu grande feito? Marcelo apenas escalava montanhas e para ele quanto mais desconhecida, melhor. Ele foi um dos brasileiros que mais escalou nos Andes. Das mais altas desta cadeia de montanha, ele tinha 24 cumes diferentes, no projeto que chamamos de Andes 6k, ou seja na ascensão de montanhas de mais de 6 mil metros nos Andes. Ele se orgulhava disso, mas não se importava com a altitude da montanha. Marcelo gostava mesmo é de escalar!”, escreveu Pedro Hauck no Alta Montanha.
A Go Outside presta condolências aos amigos e familiares de Marcelo Delvaux.