Cada vez mais atletas LGBTQ+ têm representado seus países nos Jogos Olímpicos.
Muitos se preparam para competir em Paris 2024, quebrando barreiras impensáveis há alguns anos.
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Um levantamento do portal Outsports contabilizou sete atletas Olímpicos abertamente LGBTQ+ participando de Sydney 2000; 11 em Atenas 2004, 10 em Pequim 2008, 23 em Londres 2012, 56 na Rio 2016 e 186 em Tóquio 2020.
Após uma experiência positiva em Tóquio 2020, Paris 2024 novamente terá uma ‘Casa do Orgulho’, a ‘Pride House’.
Enquanto os períodos de qualificação vão chegando ao fim e os atletas ainda estão sendo selecionados por seus países, ainda não conhecemos os números de Paris 2024.
Mas muitos atletas abertamente LGBTQ+ já são considerados fortes candidatos a conquistar medalhas e a fazer história durante os Jogos Olímpicos Paris 2024.
O site Olympics.com preparou uma lista de atletas LGBTQIAP+ que inspiram fãs e colegas com suas trajetórias de vida.
ANA MARCELA CUNHA (BRASIL), MARATONA AQUÁTICA
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Uma das maiores vencedoras da história das águas abertas chega aos Jogos Olímpicos Paris 2024 em busca do segundo ouro olímpico. Mas a luta de Ana Marcela Cunha não se limita à maratona aquática.
Em Tóquio 2020, ela dedicou a medalha “a todos aqueles que lutaram pela defesa dos direitos das mulheres e das pessoas LGBT”. Em entrevista à Revista Quem após o ouro olímpico, ela comentou que “Pensar em toda essa representatividade de mulher, nordestina e lésbica… Querendo ou não, são muitas coisas e ainda estou processando tudo”.
Em uma live com o Papo de Mina, ela afirmou não se incomodar com sua conexão à representatividade lésbica. “Eu acho que consigo fazer muito bem isso, mostrando meu lado, como atuo, minhas conquistas e tudo que eu posso fazer. Sei o quanto isso representa para muitas mulheres, para muitos homossexuais e até héteros que questionam como é beijar outra mulher. É legal conseguir me expor de uma forma positiva sempre. Não sei como, mas eu consigo”, comentou.
Em 31 de março de 2023, Ana Marcela se casou com Juliana Melhem, preparadora física, que por coincidência, divide aniversário com a campeã olímpica de 32 anos: 23 de março.
CAMPBELL HARRISON (AUSTRÁLIA), ESCALADA ESPORTIVA
After not making it to Tokyo 2020, Australian sport climber Campbell Harrison did not give up, securing a quota spot for #Paris2024. It was an emotional victory celebrated together with his partner, Justin.
📸: tarun_kolli ; @ifsclimbing#PrideMonth I #Pride2024
— The Olympic Games (@Olympics) June 25, 2024
A comemoração de Campbell Harrison, beijando seu namorado ao obter uma vaga na prova combinada da escalada esportiva no Olympic Qualifier Series 2024, foi uma das imagens mais marcantes do evento multiesportivo. Ele se prepara agora para fazer sua estreia Olímpica em Paris 2024.
Em 2023 ele escreveu um artigo no Outsports defendendo a importância da visibilidade de mais atletas LGBTQ+ falarem sobre sua sexualidade. “Sermos abertos, assumidos e com orgulho é como pavimentamos o caminho para uma nova geração de tolerância, aceitação e inclusão”, escreveu.
HANNAH ROBERTS (EUA), CICLISMO BMX FREESTYLE
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Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, Hannah Roberts foi um dos destaques do Olympic Qualifier Series Budapeste 2024. Ela falou abertamente sobre seu divórcio no final de 2022 para o Olympics.com (em inglês). Em 2023, ela não estava se sentindo bem rumo ao Mundial, mas mesmo assim conquistou um novo título, pouco antes de completar 22 anos. Agora, se sentindo bem melhor, alguém consegue parar ela rumo ao ouro no ciclismo bxm freestyle?
Neste mês do orgulho, ela deixou um recado para seus fãs: “Orgulho significa se orgulhar de quem você é”.
ROBBIE MANSON (NOVA ZELÂNDIA), REMO
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Robbie Manson se prepara para sua terceira participação em Jogos Olímpicos. Enquanto pessoas do remo já sabiam de sua orientação sexual em Londres 2012, ele se assumiu publicamente em 2014 e já foi para a Rio 2016 como um dos poucos atletas abertamente LGBTQ+. Ele colaborou para a qualificação de um barco para Tóquio 2020, mas com o adiamento, optou por se aposentar.
No entanto, sua paixão pela competição falou mais alto e ele voltou ao esporte em 2022, e no ano seguinte voltou a defender a Nova Zelândia em competições internacionais. Ainda este mês, o atleta de 34 anos conquistou a medalha de bronze na Copa do Mundo de Poznan no skiff duplo, ao lado de Jordan Parry, como parte da preparação para Paris 2024.