Como este atleta de MTB se tornou referência no audiovisual de esportes radicais

Por Redação

Nataniel Giacomozzi
Nata Giacomozzi é atleta e toca a produtora Nata Filmes. Foto: Romulo Cruz

O catarinense Nataniel Giacomozzi tem uma vida inteira dedicada à bike. “Nata” começou a competir no ciclismo aos 13 anos e, após diversos títulos regionais na estrada, conheceu o mountain bike aos 16 – modalidade pela qual ele se apaixonou. Mas foi aos 32 anos, quando se mudou para o Canadá, em 2016, que a bicicleta se uniu a uma nova paixão e a sua vida tomou outro rumo.

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Em terras canadenses, após anos competindo no MTB downhill – incluindo eventos como a Copa do Mundo e Panamericanos, e explorando o enduro, modalidade em que também se destacou –, o catarinense começou a se dedicar mais a fotos e vídeos, hobby que ele já desfrutava. Ele alimentava seu canal no YouTube com filmagens de suas performances em competições. “Eu fazia toda a cobertura das provas em primeira pessoa e o canal bombou”, conta.

No ano em que viveu no Canadá e alimentou mais seus conteúdos em vídeo, então, o Canal Off, mídia de conteúdo de esportes e aventura da Rede Globo, convidou Nata para produzir materiais do segmento para o canal. O convite fez o atleta profissionalizar sua atuação como fotógrafo e filmmaker, levando ao nascimento da Nata Filmes, produtora de vídeo especializada em esportes radicais.

“[No início da produtora] eu e Eduardo Arruda passamos a criar ideias, produzir conteúdo e viajar para vários lugares do mundo pra criar short films”, conta. “Um dos mais interessantes foi quando subimos o vulcão Villarica, no Chile, empurrando a bike. A ideia do filme era mostrar a conexão entre os elementos naturais usando a ferramenta bike como como esse meio ligação. Todos os filmes que criamos foram para contar histórias da bicicleta como ferramenta conectada ao propósito para estarmos aqui”, completa.

O crescimento da Nata Filmes

Desde então, a produtora chegou a produzir mais de 50 pílulas para redes sociais, 4 curta-metragens de 8 minutos e 1 documentário de 35 minutos para a TV. Com isso, a Nata Filmes passou a ser referência no mundo esportivo e fez trabalhos para grandes marcas, como Specialized, Red Bull, Honda e Can-Am.

Em 2020, a experiência com a produtora proporcionou ao atleta uma nova oportunidade: ele foi operador de câmera e drone no filme nacional “Tração”, que estreou nos cinemas em 2023. “Foi uma experiência incrível ver meu nome nos créditos finais ao lado de grandes nomes do cinema”, conta o catarinense.

Paralelamente ao trabalho no audiovisual, Nata seguiu sua carreira de atleta e colecionou diversos títulos nacionais e internacionais. Ele é pentacampeão brasileiro de downhill e venceu duas etapas da Copa do Mundo de enduro na Tasmânia em 2022.

Especialista em esportes radiciais

Hoje em dia, Nata e sua produtora cobrem principalmente eventos de ciclismo, triatlo e motocross. No ano passado, ele também realizou projetos de esqui na Europa, trabalhando com agências de turismo brasileiras que levam clientes para praticar o esporte. Sua habilidade de esquiar e gravar ao mesmo tempo, adquirida pelos anos de experiência enquanto atleta, permite esse tipo de trabalho.

“Meu diferencial é a capacidade de capturar esportes radicais com uma perspectiva única,
resultado da minha experiência como atleta de mountain bike, e é onde eu me divirto na história toda”, afirma Nataniel.

Nataniel Giacomozzi
Foto: Arquivo Pessoal

O fotógrafo e filmmaker também atende várias empresas do setor esportivo e realiza coberturas de eventos importantes, como a Copa do Mundo de MTB (UCI Mountain Bike World Series), IronMan e o mundial de Motocross (MXGP da FIM).

Agora aos 39 anos, Nata segue fazendo sua história como atleta – há algumas semanas ele conquistou o terceiro lugar no campeonato brasileiro de enduro – e sendo referência no audiovisual brasileiro. Ele também é embaixador da tradicional marca de bicicletas Specialized.

Nata transformou sua experiência no ciclismo em uma carreira próspera no audiovisual e visa outros grandes trabalhos para o futuro. “Quero trabalhar com pessoas diferentes e acelerar muito mais”, completa.