A prática de yoga tem como objetivo direcionar sua atenção para o interior. Ninguém jamais afirmou que isso seja fácil, embora na terça-feira (23) o Museu do Louvre em Paris tenha anunciado uma distração bastante inovadora ao divulgar que as suas galerias serão local de aulas de yoga.
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Lançadas como parte de uma iniciativa cultural que antecede os Jogos Olímpicos, as aulas do museu não são exclusivamente de yoga, mas sim uma situação de “disco, yoga, dancehall, cardio” orquestrada pelo artista multidisciplinar e coreógrafo Mehdi Kerkouche, de acordo com o anúncio na parte em língua francesa do site do Louvre.
“Pela primeira vez na história dos Jogos, a cidade anfitriã está buscando criar Jogos do povo, onde o entusiasmo olímpico pode ser compartilhado tanto nos locais do evento quanto fora dos estádios, no coração da cidade, em cada distrito”, disse o escritório do prefeito, segundo o jornal britânico The Guardian.
Não está claro se as posturas, danças e outros atos de atletismo serão uma espécie de parkour. As aulas são organizadas em conjunto com a exposição “Olimpismo: Uma Invenção Moderna, Uma Herança Antiga” (em tradução livre) e um historiador da arte estará presente. As sessões estão programadas para ocorrer nas primeiras horas da manhã vários dias por semana, antes da abertura do museu, até 31 de maio.
“O Museu do Louvre está situado ao longo do rio Sena, onde ocorrerão as cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos, e ao lado do Jardim das Tulherias, onde a tocha oficial será exibida. As Olimpíadas serão realizadas de 26 de julho a 11 de agosto e as Paraolimpíadas de 28 de agosto a 8 de setembro. O Louvre está fisicamente no centro de Paris. Ele estará fisicamente no centro dos Jogos Olímpicos”, explicou a diretora principal do museu, Laurence des Cars, segundo o The Guardian.
Praticar yoga entre obras de arte não é sem precedentes. O Museu do Louvre oferece regularmente aos visitantes aulas de yoga à noite, uma vez por mês, e, nos últimos anos, as aulas também foram realizadas sob a deslumbrante estrutura de vidro e metal em no pátio do museu. Nos últimos anos, museus em todo o mundo, desde a Austrália até a Bélgica, também incluíram aulas de yoga em suas programações.
Embora a localização possa parecer uma decisão estética, há potencial para uma conexão maior do que se poderia imaginar.
“O yoga é um sistema de filosofia e prática que busca ajudar as pessoas a alinhar seu corpo e mente para transformar sua experiência”, segundo um comunicado do Museu Rubin na cidade de Nova York que explicava seu programa de yoga. “Assim como o yoga, os objetos de arte…buscam ligar o mundano ao transcendente.”
Talvez essas aulas não sejam tão distrativas afinal.