Imagine pedalar em meio à Mata Atlântica, passando pelo rio Juquiá e por cachoeiras, e ainda com grandes possibilidades de esbarrar pelo caminho em animais nativos como antas, araras, tamanduás mirins e veados campeiros.

Isso é possível no Legado das Águas, uma área de 31 mil hectares inserida no maior complexo do bioma conservado do País, entre as cidades de Miracatu, Tapiraí e Juquiá, no interior de São Paulo.

Com estrutura que conta com hospedagem, restaurante e agentes de monitoramento, de turismo e de segurança, ir de bike pra lá pode ficar melhor ainda.

Veja também
+ Rocky Mountain Games Juquitiba promete encerrar o ano em grande estilo
+ Mark Cavendish ganha nova chance para correr o Tour de France em 2024
+ SkyBridge: plataforma de vidro tira o sono dos frequentadores da Pedra Grande (SP)

É que o Legado das Águas vai promover nos próximos dias 22 e 23 de julho o Seminário de Sinalização de Trilhas – Rota de Aventura Legado das Águas, um evento que, entre outras atrações, vai pôr em prática a sinalização da Rota de Aventuras para os ciclistas.

Legado das Águas conta com uma área de 31 mil hectares de Mata Atlântica preservada. Foto: Divulgação.

“O seminário é para falar da importância das trilhas, têm os temas que a gente já está divulgando, mas vai ter a oficina de sinalização de trilhas justamente para sinalizar o percurso de bike”, conta William Mendes, consultor de negócios do Reservas Votorantim, do qual o Legado é uma filial, e diretor regional da Rede Brasileira de Trilhas em São Paulo.

A área conta com uma estrada de cerca de 80 km em forma de Y, de chão batido, que liga as extremidades da reserva, e é por ela que o ciclista tem acesso aos atrativos do local. De um lado, no sentido Juquiá, há uma travessia de 72 km, e do outro, sentido Tapiraí, outra de 64 km. Ambas têm alto nível de dificuldade e exigem certa experiência no pedal.

Também há um trecho próprio para o mountain bike, de 37 km, de dificuldade média. Uma singletrack de 3 km completa as opções para os ciclistas. Todas já tem sinalização básica, mas ganharão placas próprias para o ciclismo na parte prática do seminário.

“A intenção é atrair mais ciclistas”, confirma William Mendes. Atualmente, a maior procura no Legado das Águas é para a canoagem, uma prática que se faz no rio Juquiá, numa extensão de 9 km em meio a águas cristalinas e só com o som da biodiversidade em volta.

Em seguida o interesse vai para as trilhas e suas cachoeiras, sendo que apenas algumas delas, com monitoramento, estão abertas para visitação. Em terceiro vem o ciclismo, com grupos esporádicos de vinte a trinta integrantes.

E será no meio dessa área conservada de Mata Atlântica que se realizará o seminário, que vai contar com a participação do diretor executivo da rede Aliança Bike, Daniel Guth, que ministrará a palestra “Geração de emprego e renda a partir de rotas e circuitos cicloturísticos: desenvolvimento de negócios e serviços para usuários desse segmento” no domingo, 23. “Estar com a Aliança é como um endossamento, é credibilidade que traz para o nosso seminário”, avalia William Mendes.

O evento contará com outros convidados como Camila Bassi, da Rede Brasileira de Trilhas e coordenadora do Caminho da Fé, tema de sua palestra; Milton Dines, arquiteto especialista em planejamento de áreas protegidas, que fará uma exposição sobre os benefícios das caminhadas em trilhas para a saúde, além do próprio William Mendes, que falará mais especificamente sobre a questão da sinalização de trilhas.

As inscrições já estão abertas e os ingressos podem ser adquiridos aqui.