A ressaca do mar é consequência de condições meteorológicas extremas, sempre associadas a ventos muito fortes, acima de 15 m/s – o equivalente a 54 km/h –, soprando muito tempo ou numa área grande demais, explica o oceanógrafo Joseph Harari, da Universidade de São Paulo (USP).
As instabilidades atmosféricas que causam ressacas fazem com que ocorra uma grande transferência de energia da atmosfera para o oceano, que passa a ter movimentos intensos em forma de correntes marítimas muito fortes, grandes elevações e rebaixamentos do nível do mar e ondas de grande altura.
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No Sul e Sudeste do país, a maioria das ressacas está associada a ventos que “empilham” a água contra a costa durante longos períodos, de 3 a 4 dias, elevando fortemente o nível do mar e causando inundações.
Ela cria melhores ondas para o surf?
Segundo Harari, não se pode dizer que ondas de ressacas são sempre boas para o surf. “As condições meteorológicas são bastante adversas e as correntes marítimas, fortes demais, tornando o surf perigoso”, diz ele.
Além disso, nem sempre tamanho é documento: mares grandes demais muitas vezes trazem ondas disformes, ruins para o esporte.