Como os peixes dormem?
Este ainda é um dos grandes mistérios que pairam sobre os animais aquáticos. Para elucidá-lo, os cientistas teriam que monitorar e decifrar suas ondas cerebrais, tarefa nada simples de ser realizada. Mas alguma coisa já foi descoberta. “Os peixes não dormem no sentido humano da palavra – mesmo porque não possuem pálpebras para fechar os olhos. Mas sabemos que eles têm a atenção reduzida em alguns períodos do dia”, afirma o cientista Thierry Frédou, professor do Departamento de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Os peixes que moram em recifes, como o peixe-borboleta, por exemplo, geralmente “cochilam” à noite em buracos ou cavernas. Alguns, como o peixe-gato, preferem tirar várias sonecas durante o dia, flutuando praticamente imóveis, enquanto outros descansam longos períodos deitados sobre o fundo do mar. Até mesmo os tubarões, que não podem parar de nadar nunca senão correm o risco de afundar – por não terem bexiga natatória, órgão que permite aos peixes flutuar –, também têm períodos de baixa atividade. Vários estudos apontam que o sono é algo vital para os peixes. Assim como acontece conosco, humanos, o cochilo é condição fundamental para a sobrevivência deles. Ao reduzir a atividade, os peixes conservam energia e recarregam as “baterias” para mais um dia no fundo do mar.