As equipes de resgate procuravam, no domingo (15), sobreviventes no Haiti, um dia após um terremoto de magnitude 7,2 que deixou pelo menos 1.297 mortos e mais de 2.800 feridos no sudoeste da ilha e reviveu memórias terríveis do grande terremoto de 2010.
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O terremoto ocorreu no sábado (14) às 08h29 (9h29 de Brasília) a 12 km da cidade de Saint-Louis-du-Sud, localizada a cerca de 160 km da capital haitiana Porto Príncipe, segundo dados do Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Muitos edifícios desabaram durante o poderoso terremoto, prendendo centenas de moradores sob lajes de concreto.
Os habitantes se mobilizaram para socorrer as vítimas feridas. “As primeiras intervenções, realizadas tanto por socorristas profissionais como por membros da população, permitiram retirar muitas pessoas dos escombros”, afirmaram os serviços de Defesa Civil.
Mais de 1.800 pessoas ficaram feridas no terremoto e os poucos hospitais nas regiões afetadas lutam para fornecer atendimento de emergência.
O chefe do governo, Ariel Henry, que sobrevoou as áreas mais afetadas de helicóptero no sábado, anunciou que o estado de emergência foi declarado por um mês nos quatro departamentos afetados pela catástrofe.
Neste domingo, o papa Francisco expressou sua “solidariedade” com a população do Haiti, conclamando a comunidade internacional a vir em seu socorro.
“Dirijo palavras de encorajamento aos sobreviventes, esperando que a comunidade internacional se envolva em seu nome e que a solidariedade de todos possa mitigar as consequências da tragédia”, declarou o papa durante o Ângelus na Praça de São Pedro.
– Ameaça de gangues –
Pessoal e medicamentos foram enviados pelo ministério da Saúde para o sudoeste da península, mas a logística de emergência está ameaçada pela insegurança que assola o Haiti há meses.
Em pouco mais de dois quilômetros, a única estrada que liga a capital à metade sul do país atravessa o bairro pobre de Martissant sob o controle de gangues armadas desde o início de junho, impedindo a livre circulação.
“Toda a ajuda deve passar”, declarou o primeiro-ministro Ariel Henry na noite de sábado.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ofereceu no sábado assistência “imediata”. Ele encarregou a diretora da Agência de Ajuda Internacional dos Estados Unidos (USAID), Samantha Powers, de coordenar esse esforço.