A polêmica envolvendo Letícia Bufoni e Kelvin Hoefler após a skatista não o parabenizar pela prata olímpica nas redes sociais ganhou grandes proporções. Bufoni comentou que Kelvin teria bloqueado a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) e uma reportagem da Folha de São Paulo apurou que o medalhista havia brigado com a Confederação pelo veto à presença de sua esposa nas Olimpíadas de Tóquio.
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Contudo, em entrevista também à Folha, Eduardo Musa, presidente da CBSk, negou que exista um racha entre os atletas e a Confederação.
Para Musa, trata-se de uma questão de âmbito pessoal e não institucional, uma vez que todos os envolvidos, atletas e Confederação Brasileira estão cumprindo com suas obrigações:
“A gente está num ambiente de competição. Óbvio que no nosso grupo tem pessoas que se gostam ou não se gostam. Se o problema tivesse acontecido na seleção, eu até poderia aceitar [a palavra] ‘racha’, mas veio todo mundo sabendo o que ia acontecer. Não era um segredo. Eles se conhecem, cada um no seu canto, convivem, bom dia, boa tarde, boa noite e é isso que dá”, disse o dirigente à Folha.
Após os comentários de Bufoni, a skatista Pâmela Rosa também declarou que tinha posturas parecidas com a de Kelvin, que qualificou o isolamento como uma forma de se concentrar na competição – o presidente da CBSk, contudo, minimizou o relacionamento entre os atletas.
“Todo mundo decolou sabendo disso, sem problema nenhum. Inclusive se não quiser falar comigo ou com a Tati, chefe de equipe, não tem problema. Temos um combinado: ir para o treino, fazer fisioterapia, recuperação. Fez isso, é um acordo profissional entre a gente. Se pudermos ter um ambiente melhor, lindo. Fico zero incomodado quando duas pessoas não se relacionam”, pontuou.
Nas Olimpíadas, o skate ganhou o coração dos brasileiros com as atuações de Rayssa Leal, de 13 anos, e dona da medalha de prata, e de Kelvin Hoefler, que garantiu o segundo lugar, e se tornou o primeiro medalhista olímpico brasileiro da modalidade.