Entrou em vigor na Alemanha no último sábado (3), a nova lei que proíbe a venda de plásticos descartáveis como: cotonetes, talheres, canudos, colheres e copos de plástico, e entre outros materiais. Essa medida foi criada para diminuir e evitar a poluição dos oceanos.
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O texto aplica uma lei europeia, aplicada em 2018 após diversos meses de negociações entre os estados membros, banindo uma dezena de categorias diferentes de plásticos.
De acordo com a Comissão Europeia, os materiais em causa representam 70% dos resíduos nos oceanos e nas praias. A venda dos estoques pré-existentes deve permanecer autorizada após 2021, autorizando o escoamento da produção já realizada.
Os materiais em plásticos para os quais ainda não existem alternativas facilmente adaptáveis, como cigarros com filtros de plástico, absorventes internos e lenços umedecidos permanecem permitidos.
Mas a partir de agora eles devem ser rotulados, com um aviso informando os consumidores sobre os danos ambientais gerados pelo plástico. Também serão fornecidos informações a respeito de como descartar o produto de maneira correta.
A lei prevê ainda que as administrações dêem prioridade aos materiais feitos com materiais reciclados nos concursos para compras de insumos, a fim de estimular a economia circular. Pela terceira vez desde o primórdio da era industrial, a produção mundial de plásticos caiu 0,3% em 2020, devido à crise sanitária.
“Com 367 milhões de toneladas de plásticos produzidos em 2020 contra 368 em 2019, esta é a terceira queda global desde o pós-guerra, depois daquela ocorrida em 1973 na época da primeira crise do petróleo, e a de 2008, durante a crise financeira do subprime”, informou a associação europeia de produtores de plásticos.
A produção mundial de resíduos plásticos pode elevar 41% até 2030 e dobrar a sua quantidade presente nos oceanos para chegar a 300 milhões de toneladas, informa a associação de proteção animal WWF.