Para ONU, turismo latino-americano deve manter perdas de 2020

ONU acredita que baixo índice de vacinação manterá prejuízos no turismo da América Latina
ONU acredita que baixo índice de vacinação manterá prejuízos no turismo da América Latina

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o turismo na América Latina, uma das regiões mais afetadas pela covid-19, manterá as perdas e prejuízos de 2020. A previsão é de que somente as nações com altos níveis de vacinação conseguirão atrair viajantes e ter uma recuperação moderada.

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No panorama geral, o turismo global deixará de arrecadar entre US$ 1,7 trilhão e US$ 2,4 trilhões em 2021, ou seja, entre 1,9% e 2,7% do PIB mundial, segundo relatório apresentado nesta quarta-feira.

As informações foram levantadas pela UNCTAD (Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento) em colaboração com a OMT (Organização Mundial de Turismo) e mostram que os países latino-americanos podem perder mais em seu setor de turismo do que a média global estimada pela UNCTAD para todo o ano de 2021.

Os resultados indicam que os prejuízos do turismo na América Latina podem representar até 9% do Produto Interno Bruto (PIB) no Equador, 2,4% na Argentina e 2,3% na Colômbia. Um pouco menos impactante, devido ao menor peso do turismo na economia nacional, pode ser a queda do PIB do México (entre 1,3% e 1,6%) e do Brasil (0,6%), enquanto a América Central poderia perder 11,9% de seu PIB no cenário mais pessimista e o Caribe, 2,5%.

Globalmente, o estudo prevê que esse impacto significará um aumento médio de 5,5% no desemprego de mão-de-obra não qualificada, percentual que pode subir para 15% em países altamente dependentes do turismo. É o caso do Equador, onde o pior cenário poderia significar uma queda de 14,8% nos empregos não qualificados; de 3,5% na Colômbia, 3,4% para a Argentina, 2,2% para o México e 0,3% no Brasil.

As agências da ONU insistem que as campanhas de vacinação são a principal fonte de recuperação do turismo em todos o mundo. Ao passo que algumas nações já conseguiram imunizar cerca de dois terços de sua população, outras não chegam nem a 1%. Esses números impactam diretamente nos níveis de confiança dos viajantes.

“O turismo é uma tábua de salvação para milhões de pessoas, e o avanço da vacinação para proteger as comunidades e retomar o turismo com segurança é fundamental para a recuperação de empregos, especialmente nos países em desenvolvimento”, alertou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.