Peruanos da comunidade Huinchiri, na região de Cusco, estão reconstruindo uma histórica ponte suspensa inca de 500 anos, feita de corda e tradicionais técnicas de tecelagem, que passa sobre o rio Apurímac (que significa “oráculo do deus da montanha”, em quéchua).
+ Arqueólogos descobrem uma figura de gato de 2.000 anos no Peru
+ Pesquisadores descobrem 143 novas linhas de Nazca no Peru
+ Benefícios da poderosa maca peruana
A ponte Q’eswachaka é usada há mais de 500 anos para conectar as comunidades indígenas divididas pelo rio. No entanto, por causa da pandemia de Covid-19, ela ficou em péssimo estado e chegou a desabar no último mês de março.
Agora, membros de comunidades afetadas, como os Huinchiri, por exemplo, decidiram reconstruir a ponte de 30 metros (98.43 pés) ao melhor estilo inca: tecendo-a.
Equipes de trabalhadores, começando em ambos os lados do vale, equilibram-se entre gigantescas cordas principais e trabalham em direção ao centro, colocando cordas menores no lugar e formando barreiras entre as cordas do corrimão e o piso da passarela.
“No ano passado, devido à pandemia, a estrutura não foi reforçada, por isso a ponte desabou no início deste ano”, afirma Jean-Paul Benavente, governador regional de Cusco, em declaração ao jornal britânico The Guardian.
“Mas agora sua reconstrução é como uma resposta à própria pandemia. Do fundo da identidade andina peruana, esta ponte atravessa a Bacia de Apurimac e aos poucos também vamos dizendo ao mundo que venceremos essa crise”, diz.
“Esta ponte conecta as aldeias, mas também conecta as tradições e a cultura inca”, completa Benavente.Em 2013, a Unesco reconheceu as habilidades e tradições associadas à reconstrução da ponte Q’eswachaka como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.