Quer relaxar num lugar magnífico e longe das multidões de turistas? Escolha uma das sete ilhas paradisíacas ao redor do mundo a seguir para mergulhar, pescar ou não fazer nada, a não ser apreciar a natureza.
1) Tobago Cays, Granadinas
Talvez não exista nenhum lugar melhor no mundo que Tobago Cays para se saltar entre as ilhas paradisíacas do Caribe a bordo de um barco a vela. Junte alguns amigos e reserve um iate com tripulação para um cruzeiro de cinco dias.
Você irá ancorar em enseadas desertas, como a diminuta Petit Tabac, e ver seu veleiro ser rodeado por habitantes das ilhas mais próximas vendendo peixe fresco e pão recém assado direto de seus pequenos e brilhantes botes coloridos. Pergunte pelo Tuffer, que tem as lagostas mais saborosas da região, ou pelo Mr. Fabulous, que vai preparar um churrasco de peixes e frutos do mar na beira da praia para você.
Não deixe de levar equipamentos de wind e kitesurfe – desimpedidos ventos alísios se movem com violência fora da zona de ancoragem ao redor da ilha de Baradal. E não perca as dúzias de tartarugas-verde e tartarugas-pente flutuando praticamente na superfície perto do cordão litorâneo que se estende ao redor de Baradal: elas te deixarão nadar a menos de dois palmos de distância delas.
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Prefere ficar em terra firme? A Dennis Hideaway, uma modesta pousada a cinco km na ilha Mayreau, organiza viagens de um dia aos recifes e fornece equipamentos de mergulho e snorkel.
Como chegar: Voe até Grenada e frete um barco para Cays, ou combine tudo com a Dennis’s Hideaway
2) La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha
Há poucos carros ou estradas nesse pedaço do planeta tão longe no Atlântico. A galera local de La Graciosa ainda transporta a maior parte de suas mercadorias em precários carrinhos de mão. E não apenas não há resorts da escala de um Club Med por lá, como não existem hotéis de nenhuma classe. Em outras palavras, é o tipo de lugar que nós adoramos.
Alugue um apartamento ou fique em uma pequena pensão na Caleta del Sebo, no centro da ilha, um simples aglomerado de casinhas brancas. Em terra, faça caminhadas até os quatro picos vulcânicos e sinta-se o deus da montanha se deleitando com as vistas dos arredores, em especial das selvagens praias Las Conchas e Francesca. Na água, pegue uma balsa até Lanzarote e de lá vá direto até a companhia de barcos fretados Rubicon Fishing, cujos guias te levarão até os melhores lugares para pescar os abundantes agulhões da região.
A equipe do Manta Diving tem todo o conhecimento e equipamento que você precisa para encontrar infinidades de atum-azul, tubarão-martelo e golfinhos em El Canal, a junção entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo. Pegue a balsa de volta para La Graciosa e junte-se aos locais no Meson de la Tierra ou no El Marinero e coma frutos do mar grelhados acompanhados com uma taça de vinho branco da região feito com uvas que crescem no solo vulcânico da ilha.
Como chegar: Pegue o voo direto de duas horas que sai de Madrid (Iberia Airlines) ou um de quatro horas que sai de Londres até a vizinha ilha de Lanzarote. Vá até Orzola, o píer principal, e tome uma das balsas para chegar a La Graciosa em 35 minutos.
3) Ilha Grande, Brasil
Algumas das ilhas mais paradisíacas do mundo fica no Brasil, assim como a Ilha Grande, Rio de Janeiro. Fuja das praias mais visitadas da ilha reservando um dos quatro quartos do charmoso e aconchegante hotel Atlântica Lodge, na afastada praia do Pouso. Ao fazer a reserva, aproveite e já combine seu transporte de lancha da Vila do Abrão (pago à parte) até lá, o que demora uns 40 minutos.
A ilha está repleta de atividades que justificarão os deliciosos fins de tarde que você passará tomando caipirinhas deitado numa das espreguiçadeiras da varanda do hotel. Comece com uma caminhada de 15 minutos até a bem cotada praia Lopes Mendes, que está na maioria das listas de melhores praias do Brasil. A Ilhagrande Adventure faz passeios guiados pelas muitas trilhas do parque estadual.
Já que não há como escapar da topografia montanhosa, encare de uma vez as sete horas de caminhada até o Pico do Papagaio, a 990 metros de altura. Escolha um dos melhores pontos de mergulho da ilha, cheia de navios naufragados nos seus arredores, com a Dive Cia. Se você curte mergulhar, prefira ir entre os meses de abril e agosto, quando a temperatura da água gira em torno dos 24o C e a visibilidade, entre 15 e 20 metros. Além de navios piratas, você verá uma fauna marinha abundante, com garoupas, cavalos-marinhos, baiacus, corais, peixes-frade e arraias.
Como chegar: Vá de carro até Angra dos Reis ou Mangaratiba e pegue um catamarã que, em 45 minutos, te leva até a Vila do Abraão. Há opções mais baratas, porém levam mais tempo. Se estiver sem carro, esquematize com Ilhagrande Adventure traslado saindo de um dos aeroportos do Rio de Janeiro.
4) Siladen, Indonésia
As mais de 17 mil ilhas da Indonésia variam entre as superpovoadas (Java), as supervisitadas (Bali) e as supermidiáticas (Sumba). Mas a pequenina de Siladen é uma das ilhas mais paradisíacas do mundo e é um cantinho amplamente ignorado do arquipélago e uma porta de entrada para um dos mais maravilhosos mundos submarinos do planeta: os quase 500 quilômetros quadrados do Parque Marinho de Bunaken.
A ilha tem três opções de hospedagem: uma pequena vila, uma escola e o Siladen Resort, que é o campo base perfeito de onde partir para explorar a região. A partir de suas serenas vilas de frente para o mar se chega facilmente nadando às águas transparentes – com quase 100 metros de visibilidade – e aos intactos recifes do parque para praticar snorkel.
Cerca de 70% das espécies de peixes do Indo-Pacífico são encontradas em Bunaken, além das cinco espécies de tartarugas marinhas e das manadas de dugongos (uma ordem de mamíferos marinhos que habita os oceanos Índico e Pacífico, hoje dificilmente encontrada). A melhor loja de mergulho da região é a do resort. E não perca as noites de snorkel guiado para ver espécies marinhas noturnas como os tubarões-bambu e os cavalos-marinhos pigmeus.
Como chegar: Voe por 3h30 de Singapura pela Silk Air até Manado e lá providencie um barquinho até sua acomodação em Siladen.
5) Ilhas Ballestas, Peru
As ilhas Ballestas, além de pequenas, são algumas das ilhas mais paradisíacas do mundo e têm uma reserva natural muito protegida – você não pode nem colocar seus pés sobre ela. Para conhecê-las, é preciso ficar hospedado na não menos atrativa península de Paracas. Alugue um carro no aeroporto Jorge Chávez e dirija tranquilamente pelos 260 km de costa que levam até Paracas.
Hospede-se no descolado Double Tree Resort, da rede de hotéis Hilton, e organize sua visita às ilhas Ballestas com a Huacachina Tours, que faz saídas diárias às 8h e às 10h; eles também podem organizar um passeio personalizado para você.
As ilhas Ballestas são famosas, sobretudo, por suas aves marinhas e pelos pinguins de Humboldt, espécie endêmica do Chile e do Peru. Prepare-se para escutar os gritos das manadas de lobos-do-mar: o ruído assusta, mas os animais são inofensivos. Durante o caminho de ida, você se impressionará com o El Candelabro, um geoglifo pré-histórico de enormes dimensões em formato de candelabro cuja origem ainda é desconhecida.
Não deixe de levar seus equipamentos de kitesurfe ou de wakeboard – as praias da península de Paracas, com seus abruptos paredões de pedra, têm condições excelentes para a prática desses esportes. Jante no tradicional restaurante El Chorito, no centro de Paracas, e prove os típicos choritos a lachalaca (à base de mariscos e limão) e tome uma cachina (bebida feita com uvas muito popular nos vales vinícolas peruanos).
Como chegar: Voe até Lima, depois mais três horas de carro até a península de Paracas e meia hora de barco até as ilhas Ballestas.
(Reportagem publicada originalmente na Go Outside de novembro de 2012)