Ainda pouco conhecido dos aventureiros, o Parque Estadual Terra Ronca, entre Goiás e Bahia, é conhecido pelo seu conjunto de cavernas de tirar o fôlego. São mais de 300, mas só 300, mas só 49 estão abertas para visitação; outra parte delas pode ser acessada apenas por espeleólogos profissionais.
O acesso ao parque se dá pela cidade de São Domingos, a 400 km de Brasília. Algumas agências vendem pacotes de passeios às cavernas do Terra Ronca a partir da Chapada dos Veadeiros.
Das 30 maiores cavernas do Brasil, o parque guarda sete. O roteiro turístico mais popular costuma se concentrar em três: Terra Ronca I e II, Angélica e São Mateus.
A primeira é cortada pelo rio da Lapa e dividida em duas partes por um desabamento do teto ocorrido milhares de anos atrás. Uma das entradas tem uma abertura de quase cem metros. É preciso atravessar o rio para chegar à outra parte. Chamam a atenção os imensos salões, com formações calcárias pendendo do teto.
Já a São Matheus é a terceira mais longa do Brasil, com 25 km. O acesso é um pouco mais exigente, mas compensa pelo visual. Além das estalactites, delicadas flores de calcita, que parecem corais de sal, se formam na parede e no chão.
A Angélica é considerada uma das mais belas do parque, com fácil acesso. No Salão dos Espelhos, a água rasa no fundo reflete os espeleotemas do teto, um show à parte. Os mais experientes podem emendar a visita à Bezerra, ainda bem pouco explorada, que começa onde termina a Angélica.
Para quem quer um pouco mais de desafio, na caverna São Bernardo se faz a maior parte do caminho dentro do rio. É lá que estão o Salão dos Canudos, com formações calcárias muito finas, da espessura de canudos plásticos, e o Salão das Pérolas, onde as rochas formadas no chão lembram pérolas redondas e brilhantes. É aconselhável ir sempre com um guia experiente, que você pode contratar em São Domingos.
Devido à pandemia, na data de publicação desta matéria os parques estaduais de Goiás estavam fechados. Informe-se sempre antes de planejar sua viagem.