Um estudo feito na Inglaterra com mais de 8.000 pessoas relacionando o hábito de fumar com a exposição a áreas verdes concluiu que quanto mais tempo próximos à natureza, mais fácil para elas parar de fumar – ou pelo menos reduzir.
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O resultado foi publicado na revista científica Nature e indicou que fumantes casuais que viviam em áreas mais arborizadas e próximos de parques fumavam 20% menos em relação aos que viviam em áreas com mais concreto.
O verde não exerceu impacto mensurável em fumantes frequentes, mas os que têm mais contato com a natureza são de 10% a 12% mais propensos a parar de fumar (e conseguir) do que os outros grupos.
“Nossas conclusões reforçam a necessidade de proteger e investir em áreas verdes, para maximizar os benefícios à saúde”, afirma no artigo o professor Mathew P. White, do Centro de Ciências Cognitivas da Universidade de Viena, na Áustria.
De acordo com o pesquisador, os resultados são consistentes com descobertas recentes de que a vontade de fumar diminui em contato com a natureza. Mathew é um dos autores do estudo e tem especialidade em psicologia ambiental.
“Algumas tentações estão relacionadas com a necessidade de melhorar nosso humor de forma rápida e Podemos citar como exemplos o cigarro, um pedaço de chocolate e uma bebida”, explica o psicólogo.
“Muitos estudos mostram que o contato com a natureza pode ter o mesmo efeito que estas outras tentações na melhoria do nosso humor. Dessa maneira, uma boa caminhada entre as árvores pode melhorar seu bem estar e ajudar a deixar de lado o cigarro, por exemplo. Esta é uma teoria possível e estamos trabalhando para encontrar dados que sustentem esta ideia”, explica Mathew.
Os cientistas defendem que a implementação de áreas verdes nas cidades deve ser entendida como uma estratégia de saúde pública.