A ilha do Corvo, a menor ilha dos Açores, foi a última do arquipélago a ter um caso de infecção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19. Agora, a minúscula ilha é também detentora do recorde de ser a primeira a ter todos vacinados contra o Covid 19 em sua população . Será que com isso essa pequena ilha se tornou um dos lugares mais seguros do mundo?
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Com apenas 6,24km de comprimento e 3,99km de largura, a Ilha do Corvo tem apenas 17 quilômetros quadrados, habitados por uma população de pouco mais de 300 pessoas, que já receberam a primeira dose. A segunda será dada em março. O caso registrado em 23 de janeiro, na verdade, foi o primeiro e único. Poucos lugares podem se orgulhar de terem tido uma “imunidade” parecida.
Declarada Reserva da Biosfera pela Unesco em 2007, na menor e mais remota entre as 9 ilhas que compõem o arquipélago, tudo é minimalista. A ilha, com um litoral cheio de costões rochosos, tem apenas uma praia de areia, com o singular nome de Praia da Areia. Tem também uma única igrejinha, a de Nossa Senhora dos Milagres, de 1795. A vilinha única, o comércio é mínimo: hotel, padaria.
Remanescente dum vulcão confinado pelo mar, a ilha é bastante selvagem e com uma natureza exuberante. Na cratera do vulcão, de 3.400 metros de perímetro, encontra-se a Lagoa do Caldeirão, a 300 metros de profundidade, contados desde o bordo da cratera até o lençol de água. Nela se encontram diversas pequenas ilhas que praticamente a conseguem dividir em lagoas mais pequenas dependendo da pluviosidade.
O vilarejo é pontilhado por moinhos de vento, antigamente usados para fazer a farinha de milho que dá origem a uma das iguarias mais famosas de lá: o pão de milho, que costuma escoltar todas as refeições.
Com todos vacinados contra o Covid 19, a ilha espera uma vida o mais próxima do normal possível.