Ao caminhar pela praia do Sossego esta quarta-feira (1º), em Itamaracá, no Grande Recife, muitas pessoas toparam com uma caixa misteriosa. O objeto está lá já faz alguns dias.
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Não se trata da primeira caixa misteriosa a ser encontrada. Um objeto similar foi encontrado em Ipojuca, no Litoral Sul do estado. Segundo a prefeitura local, 14 fardos “do mesmo tipo do material localizado em 2018” foram localizados em Ipojuca, entre a semana passada e esta segunda-feira (29).
Além de Pernambuco, outros estados contaram com a presença das tais caixas misteriosas. O primeiro registro foi feito em no dia 24 de outubro de 2018 em uma praia em Alagoas. Após isto, praias do Ceará também registraram a aparição dos pacotes.
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O 3º Distrito Naval da Marinha, responsável pelo litoral de Pernambuco, não reportou nenhum acidente náutico que possa explicar a origem da caixa misteriosa.
As caixas são de látex, como outras que já haviam aparecido no litoral em 2018. De acordo com o laudo da Polícia Federal na época, não ofereciam risco e poderiam ser recicladas. É recomendado à população não tocá-las. Apesar de serem feitas de látex, um material natural, seu processamento pode envolver produtos químicos tóxicos e até metais pesados.
Por isso, a orientação da Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura é de entrar em contato por meio de WhatsApp no número (81) 98161-7402 para que as caixas sejam retiradas pelo órgão.
O destino final deve ser aterros sanitários, caso não sejam encontradas empresas especializadas na reciclagem desse tipo de material.
Caixa misteriosa
Uma investigação feita em outubro de 2018 teria levantado a possibilidade de os fardos serem, na verdade, equipamentos usados para amenizar o impacto de navios ao atracar em portos, de acordo com a Diretoria de Controle de Fontes Poluidoras da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).
Já pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC) concluíram que os pacotes eram provenientes de um navio alemão que naufragou no litoral nordestino em janeiro de 1944 e só foi descoberto mais de 50 anos depois, em 1996, a cerca de mil quilômetros do litoral.
A descoberta ocorreu durante pesquisas para tentar identificar a origem das manchas de óleo que surgiram no litoral do Nordeste.