A maioria das pessoas que pratica algum esporte faz sua recuperação pós-treino com boa alimentação, dormir bem e alongamentos. Quem leva mais a sério pode caprichar nas rotinas de mobilidade ou até se dar de presente uma bela sessão de massagem depois de uma prova ou projeto particularmente exaustivo. Mas se você pode investir em tecnologias de recuperação pós-treino, o céu é o limite!
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Afinal, recuperação é fundamental para chegar ao pico da performance, e deveria ser tratada com a mesma atenção que damos ao próprio treino. “Se você não se recupera direito, você diminui sua capacidade de pegar pesado no treino seguinte”, explica Steve House, escalador profissional e coautor dos livros “Training for the New Alpinism” e “Training for the Uphill Athlete” (Treinando para o novo alpinismo e Treinando para ser um atleta de Subidas).
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Em outras palavras, se você quer correr e pedalar mais rápido ou mais longe, subir montanhas melhor, subir seu grau na escalada ou atingir qualquer meta esportiva ambiciosa, você precisa ajudar seu corpo a se recuperar bem entre os treinos.
A quantidade de recursos que temos à disposição hoje é incrível. Rolos de massagem, bolas de massagem, massageadores elétricos, banhos de água gelada ou salgada, cremes e loções, aplicativos. O que realmente funciona? Perguntamos a vários atletas profissionais o que eles usam. Com um certo de investimento, você pode ter alguns destes equipamentos de recuperação pós-treino também.
Theragun G3 (US$399)
Amanda Hankison, snowboarder
Amanda é atleta de snowboard em grandes montanhas e cineasta. Quando quebrou a perna, ela queria voltar ao esporte o mais rápido possível. Ela usou até o talo as possibilidades do seu plano de saúde, e depois procurou uma forma de continuar a recuperação em casa. “Alguns amigos tinham os Theraguns. Eu sempre quis um, mas não tinha justificativa para o preço absurdo”, conta. Mas ao ver o quanto ajudou na recuperação de amigos, se convenceu que era hora.
Agora, ela usa o massageador de percussão Theragun G3 o tempo todo. Ele tem um motor elétrico que pulsa 40 vezes por segundo, ajudando a aliviar a tensão em músculos doloridos e partes enrijecidas, como articulações que tiveram entorse ou ossos quebrados. “Quando estou cansada demais para ir para o rolo de massagem, vou para o sofá relaxar um pouco usando o Theragun”, diz Amanda. “Parece coisa de preguiçoso, mas é muito eficiente, especialmente em pontos difíceis de alcançar, como o ilíaco, que fica na virilha.”
Teeter FitSpine X1 Inversion Table (US$330)
Karsten Delap, escalador
Desde os tempos de atleta universitário, Delap tem dores na coluna por ter as vértebras L4 e L5 comprimidas. Como escalador profissional climber e dono da agência Fox Mountain Guides, carregar mochilas pesadas só piora a dor. Uma das soluções que ele encontrou foi a mesa de inversão. Ela descomprime a espinha ou colocar você de ponta-cabeça, segurando você pelo calcanhar. A gravidade faz seu trabalho: a coluna descomprime e o corpo todo alonga.
“Eu vejo os produtos de recuperação pós-treino como uma forma de dar suporte ao treino e ir além do seu limite, mas também como uma forma de conseguir trabalhar com cargas pesadas como guia de montanha”, diz Delap. A mesa pode ser customizada com nós de pressão baseados na acupuntura. Estes pontos ajudam a aliviar pontos de tensão, discos com hérnias, dores na ciática e outros problemas.
Aplicativo Gaia Yoga
Sunny Stroeer, atleta de endurance
Sunny, 34 anos, é ultracorredora e guia de montanha. Quase sempre ela acorda no seu saco de dormir. Mas quando está em casa, em Kenab, Utah, ela gosta de começar o dia com uma sessão de meditação e yoga. “Eu costumo achar tudo que eu preciso no Gaia: meditação, alongamentos básicos, ou uma sequência de mobilidade”, diz Sunny.
Ela usa a plataforma faz dois anos. Tem mais de 100 posturas de yoga, propostas de meditação e respiração e treinos aeróbicos com o peso do corpo. Variam desde relaxamentos para canelas cansadas de 5 minutos até sequências de vinyasa de 90 minutos. Assinantes podem filtrar as opções por partes do corpo, duração e esporte.
NormaTec Full Body Recovery System Pulse Pro 2.0 (US$2,895)
Chloé Dygert, ciclista
Nos últimos meses antes das Olimpíadas de 2016, a campeã de ciclismo de pista Chloé Dygert estava passando horas e horas no selim por semana. Para acelelerar a recuperação pós-treino e conseguir dar conta, ela começou a usar o NormaTec’s Full Body Recovery System. É um conjunto de peças de vestir que massageia as partes do corpo e estimula o fluxo sanguíneo (atualmente ela é patrocinada pela empresa). Você veste braços, pernas e quadril em uma capa que infla, e usa padrões de pulsos feitos para ajudar a limpar o lactato dos músculos, minimizar fadiga e aumentar a mobilidade.
A ciclista leva com ela em todas as suas viagens. “Confio neste equipamento e usei em toda grande prova desde que comprei. Geralmente uso depois de um dia pesado de treino para aliviar as pernas. E antes de uma prova ou treino mais pesado, uso algumas horas antes.”
JL Essencials Remedy Relief CBD Balm (US$69)
Emily Harrington, escaladora
Emily mora hoje na Califórnia, mas cresceu em Boulder, Colorado, onde sua tia tem uma empresa de produtos para pele chamada JL Essencials. São produtos orgânicos e plant-based. Emily usa para aliviar músculos cansados e curar pele detonada.
O preferido dela é o Remedy Relief balm, que usa um blend de CBD da cannabis e arnica – uma planta da família do girassol que alivia dores e inflamações. Óleos de pimenta caiena e hortelã-pimenta estimulam a circulação. Juntos, eles relaxam e dão alívio.
MobilityWOD Supernova 80-Millimeter (US$39)
Steve House, alpinista
Steve recomenda usar esta bolinha rígida de acordo com a série de movimentos proposta pela MobilityWOD para aliviar músculos tensos. “Como na massagem profunda, é desconfortável, principalmente quando feita em uma área de tensão”, diz. “Você vai sentir alívio em minutos, mas não se iluda. Para ter o efeito desejado, tem que virar um hábito.”
Ele separa de 5 a 20 minutos por dia para liberar tensão muscular. “Se você está com algum nozinho, mesmo 2 minutos já ajudam. Um bom parâmetro é quando você sentir uma diferença no tecido. Quando ver que não está mais fazendo diferença, é hora de parar. A pele fica um pouco quente, dá uma sensação de alívio e a dor diminui”, ele diz. Não use em áreas machucadas e com hematomas.