Gatos gostam de tirar uma sonequinha em lugares estranhos. No caso do Parque Nacional Kruger, na África do Sul, os leões tiram uma soneca nas estradas agora vazias por causa da quarentena. Um ótimo lugar para dormir pegando um solzinho, não?
>> Siga a Go Outside no Instagram
O guarda-parque Richard Sowry estava fazendo sua ronda na última quarta-feira quando se deparou com um bando de leões dormindo em uma estrada que normalmente estaria cheia de carros com turistas. O Kruger, como os outros parques de vida selvagem na África, estão fechados desde 25 de março, por causa do lockdown devido ao coronavírus.
+ A quarentena pode ser boa para os animais – mas não por muito tempo
+ Animais ressurgem em cidades da Itália e Japão durante quarentena
Animais de hábitos noturnos, geralmente os grandes felinos só seriam vistos assim pelos guarda-parques em rondas depois que escurece e fica mais fresco.
Leões tiram soneca, mas rondas continuam
O serviço dos guarda-parques é essencial, mesmo sem a presença de turistas em safáris. Eles continuam a verificar o bem estar dos animais e controlar se não há caçadores invadindo as reservas de vida natural.
Richard Sowry, um dos guarda-parques do Kruger, estava dirigindo perto da área de descanso Orpen quando viu os leões dormindo preguiçosamente na estrada e encostou o carro 5 metros antes para ver o fenômeno incomum. Ele fez algumas fotos, mas os leões não deram a mínima.
“Eles estão acostumados com pessoas em carros”, disse à BBC. “Os animais tem um instinto de medo muito maior com pessoas a pé. Se eu tivesse me aproximado assim não teria conseguido chegar tão perto.” Contudo, os guarda-parques têm medo que os animais de acostumem a ficar na estrada, o que pode ser perigoso para eles quando o parque reabrir para safáris.
O lockdown está mudando o comportamento dos animais selvagens: não só os felinos mas também cachorros do mato têm frequentado “áreas exclusivas para humanos”, como o campo de golfe. Mas naturalmente eles devem se afastar quando o parque for reaberto.
A África do Sul já teve oficialmente 34 mortes por Covid-19 e 2.506 contágios, fazendo o país o com mais casos documentados na África. O lockdown lá deve durar até maio.