Por Octávio Germann
Everest, Aconcágua, Monte Mckinley, Kilimanjaro, Elbrus, Maciço Vinson e Pirâmide Carstenz. Integrantes dos chamados Sete Cumes (o ponto mais alto de cada continente), essas montanhas se tornaram objetos de cobiça dos montanhistas de ponta espalhados por todo o planeta. A alta procura pela escalada no Everest, por exemplo, inflacionou os valores das expedições na última temporada, fazendo o número de aventureiros dispostos a desafiar seus 8.848 metros cair significativamente. Para quem decide escalar por conta própria e dispensa os serviços das grandes agências, o preço das subidas cai bastante. Contudo os "full service", com direito a guia, barracas e comida quentinha, ainda são a opção mais procurada. Mas estamos falando de quanto? Afinal, quanto custa uma montanha?
1) Monte Everest 2) Monte Vinson 3) Pirâmide de Carstensz 4) Monte Kilimanjaro 5) Monte McKinley 6) Monte Elbrus 7) Aconcágua
No topo do mundo: inesquecível, mas caro
Mais ilustre destino no cenário da escalada mundial, o Monte Everest, localizado na fronteira entre o Nepal e Tibete, é também a opção mais cara dos Sete Cumes. Calcula-se que, na última temporada, os valores totais despendidos em uma subida guiada por uma agência especializada de luxo possam ter chegado a exorbitantes US$100 mil. A média desse tipo de expedição gira em torno de uns US$ 60 mil, dependendo da qualidade do pacote. Operadoras locais são a opção mais prática para quem quer pagar menos: há quem ofereça expedições ao topo do planeta por US$ 30 mil.
Haja dinheiro: subir o Vinson está pela hora da morte
O gelado Monte Vinson, na Antártida, é medalha de prata quando o assunto é o preço das escaladas aos Sete Cumes do planeta. Com 4.892 metros de altura, estima-se que o valor para conquistá-lo varie de US$30 mil a US$ 35 mil, devido a seu difícil acesso e os caros equipamentos necessários para superar as baixissimas temperaturas.
Mais em conta: comparado ao Everest, o Carstensz é quase uma pechincha
Pico mais alto da Oceania, a Pirâmide de Carstensz tem 4.884 metros de altura e está localizado na Nova Guiné. Situada no meio de uma floresta tropical, a pirâmide tem em seu entorno alguns povoados indígenas que, vez ou outra, complicam a subida de aventureiros ao cume do maior pico desse continente. O valor gasto na expedição pode variar de US$10 mil a US$20 mil.
Teto da África: o Kilimanjaro é um dos mais técnicos entre os Sete Cumes
Em meio à savana africana, brota o Kilimanjaro, com 5.891 metros de altura e uma das subidas mais técnicas entre todos os Sete Cumes. O "teto da África" costuma receber mais de 20 mil aventureiros por ano dipostos a atingir seu topo. Com milhares de insetos espalhados pela região, a imunização com vacinas se faz necessária, e o gasto total da viagem pode chegar a US$ 8 mil.
Cuidado, perigo: além das baixas temperaturas, o McKinley pode fazer mal ao seu bolso
Pico mais alto da América do Norte, o Monte McKinley, ou simplesmente Denali, está localizado no Alasca e tem 6.194 metros de altura. Mesmo não sendo considerado um dos destinos mais técnicos de escalada, a montanha oferece perigos. A pressão da altitude e as baixíssimas temperaturas (podendo chegar a 40C negativos) dificultam muito a subida e exigem árduo treinamento. Os preços para chegar a seu topo variam de US$ 2 mil a US$6 mil.
Joia do Cáucaso: no Elbrus, a beleza é estonteante
Situado na parte russa da cordilheira do Cáucaso, o Monte Elbrus tem 5.642 metros de altura e é a roteiro ideal para quem começar a desbravar os Sete Cumes. Suas subidas pouco técnicas exigem muito mais um bom preparo físico e mental do que uma vasta experiência em expedições em altas montanhas. A paisagem em seu entorno é belíssima, e os preços para escalá-la podem variar de US$2 mil a US$5.200.
Vizinho: por ficar perto do Brasil, o Aconcágua oferece expedições mais em conta
Localizado na Argentina, o Aconcágua é o maior pico sul-americano e ocupa o vice-liderança de altitude entre os Sete Cumes, com 6.692 metros. Sua proximidade com o Brasil deixa os preços para chegar a seu topo mais acessíveis para nós, com pacotes que podem custar pouco menos de US$2 mil. Por ser uma das montanhas mais altas do mundo, sua procura em alta temporada cresce bastante, elevando os valores a cerca de US$4.500.