Na semana passada, um vídeo de pessoas navegando a poucos metros de grandes tubarões brancos na praia de Capistrano, em Dana Point, na Califórnia, bombou na internet.

No vídeo, aparentemente os tubarões parecem não se importar com a aproximação. Desde que os drones se tornaram uma visão onipresente das praias, os cinegrafistas já capturaram vídeos como estes e os enviaram para a mídia, que, nas palavras de Chris Lowe, professor de biologia marinha e diretor do Shark Lab na California State University em Long Beach são divulgado de forma sensacionalista. “As pessoas tendem a se assustar quando percebem o quão perto podemos chegar involuntariamente de algum grande predador da natureza.”

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O Shark Lab começou a usar imagens de drones para estudar por que os tubarões, geralmente bebês ou fêmeas grávidas, tendem a ficar em águas rasas e se comportam quando encontram seres humanos.

“Temos muitas filmagens e evidências de que os tubarões nadam por aí onde os humanos brincam e, desde que as pessoas não os assediem, os tubarões simplesmente não se importam”, diz Lowe.

E muitas vezes “os surfistas nem percebem”, diz ele. Por exemplo, o surfista profissional Kelly Slater não parecia estar ciente da presença de um tubarão que ele fotografou com uma GoPro em 2014.

Lowe espera ter logo dados sobre as atitudes dos tubarões em relação a humanos próximos. Por enquanto, “quando há muitas pessoas e tubarões em águas rasas juntos, na maioria das vezes nada acontece”, diz ele. No entanto, nadar em grupos e evitar a água ao amanhecer e ao anoitecer pode reduzir o risco de encontrar tubarões, dóceis ou não.

Algumas imagens de drones que mostram mais a frequência da aproximação dos tubarões:

Em Fort Pierce, Flórida


Em Durban, África do Sul


Tubarão-tigre em Miami


Kiama, Austrália


 Fort Pierce e Vero Beach, Flórida