A jovem ativista Greta Thunberg vai navegar pelo Atlântico em um iate de alta velocidade no mês que vem para participar das cúpulas climáticas da ONU nos EUA e no Chile. A viagem faz parte do ano sabático que a ativista climática sueca de 16 anos vai passar nos EUA.

“Boas notícias! Eu vou me juntar à Cúpula de Ação Climática da ONU em Nova York, COP25 em Santiago. Me ofereceram uma carona no iate de 60 pés Malizia II. Nós estaremos navegando pelo Oceano Atlântico do Reino Unido até Nova York em meados de agosto”, tuitou Greta. A viagem levará duas semanas.

No ano passado, a jovem começou sozinha um protesto que desencadeou um movimento global de greve climática entre jovens do mundo inteiro. Recentemente ela informou que iria tirar um ano da escola para participar das cúpulas, em 23 de setembro em Nova York e 2 a 13 de dezembro em Santiago.

Mas ela disse que ainda não sabia como chegaria lá. “É do outro lado do Oceano Atlântico”, disse a jovem que vive na Suécia. “E não há trens indo para lá. E como não voo de avião por causa do enorme impacto climático da aviação, será um desafio.”

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Greta Thunberg disse à Associated Press, antes do anúncio, que não queria viajar para os EUA em um navio de cruzeiro por causa de suas emissões notoriamente altas, enquanto o Atlântico poderia ser perigoso para veleiros em agosto, devido ao alto risco de furacões.

“Levar um barco para a América do Norte é basicamente impossível”, disse ela. “Eu tive inúmeras pessoas me ajudando, tentando entrar em contato com barcos diferentes.”

O eleito foi o Malizia II, um iate de 18 metros, totalmente ecológico. A embarcação é equipada com painéis solares e turbinas submersas que geram eletricidade sem dióxido de carbono.

Greta será acompanhada na viagem pelo capitão de Malizia II, Boris Hermann, seu pai Svante, e o cineasta Pierre Casiraghi, neto do falecido Príncipe Rainier III de Mônaco e a atriz Grace Kelly.

Depois de Nova York, onde participará de várias reuniões e protestos, Greta quer viajar de trem e ônibus para a conferência climática anual da ONU no Chile. Ela pretende fazer paradas no Canadá, no México e em outros países.

A ativista falou com políticos na conferência climática da ONU do ano passado na Polônia e  líderes empresariais do Fórum Econômico Mundial em Davos. Ela também conheceu o Papa Francisco.