A dura rotina de Jim Walmsley, ultramaratonista

Por Por Wes Judd, da Outside US

Jim Walmsley

Aos 27 anos, Jim Walmsley já estabeleceu recordes importantes na carreira – fez, por exemplo, o melhor tempo correndo uma famosa rota de 67,5 km que corta o Grand Canyon. Esse corredor norte-americano nascido em Phoenix, no Arizona, adora participar de provas de longas distâncias, como a Western States 100 (que, neste ano, ele acabou abandonando devido às altas temperaturas).

Para isso, segue uma dura rotina de treinos, incluindo corridas que chegam a somar mais de 160 km semanais. Em um esporte assolado por lesões destruidoras de grandes atletas, Jim surpreendentemente nunca se machucou. Batemos um papo com ele para pegar algumas dicas de quem consegue correr em alguns dos terrenos mais duros no mundo do trail run.

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Tomo uma bebida para recuperação até 30 minutos depois de correr – assim que possível. Assim reabasteço, reidrato e restabeleço meus níveis de açúcares, sais e proteína. Em geral, prefiro as versões da [marca norte-americana de suplementos] Clif, mas, sendo supersincero, melhor um refrigerante do que nada.”

Sono e água são meus dois melhores segredos para dar um gás na performance.”

“Depois de provas longas, vou direto para o que eu chamo de ‘modo aleatório’: 3 a 6 km, a um ritmo de 5’30” a 8’ por quilômetro – em terreno plano, com meu tênis Hoka mais macio de todos. Eu me dou pelo menos três dias de treinos aleatórios, daí, se ainda sentir que preciso me recuperar, continuo assim por mais tempo.”

“Como donuts, biscoito, sorvete e pizza. Afinal, a fornalha tem que continuar queimando. Alimentos integrais são nossos melhores amigos, mas, se você está sentindo vontade de comida gordurosa e de amido e está treinando, ouça seu corpo. Não tem problema carregar uns quilos extras quando se está treinando de verdade – é combustível.”

“Se você estiver lesionado, encontre algo que possa fazer para não ficar parado – um corpo em movimento tem mais probabilidade de se manter saudável.”

“Eu não tenho uma rotina de aquecimento, mas faço alongamentos dinâmicos. Pulo, giro, salto e saio para o treino. Nada muito rigoroso. Mas as pessoas tiram sarro de mim.”

“Troco de tênis o tempo todo. Corro com tênis de trilha, para asfalto, com pouco amortecimento, com bastante amortecimento. Se eu usar um par muitas vezes, tenho irritação, meu tendão de Aquiles fica sobrecarregado e meus pés começam a doer. Variar o calçado mantém a capacidade de o corpo se adaptar.

“Permanecer saudável envolve muita sorte. Não existe um conjunto de regras perfeitas. Não tem isso de ou você segue tal caminho 100% ou se ferra.”

Seu corpo vai vencer em algum momento se você continuar dando tudo de si, se forçando, correndo atrás.”