No último sábado (17), o goiano Pedro Caldas, de apenas 17 anos, sagrou-se campeão do Red Bull Cope’n’waken, mandando manobras que impressionaram os juízes e deixaram para trás atletas consagrados da modalidade, como o alemão Dominick Gürs, 27,e o dinamarquês Oliver Breumlund, 25.
A competição aconteceu em um contexto urbano, com os atletas deslizando pelas águas do canal Frederiksholms, no centro de Copenhague, bem em frente ao parlamento dinamarquês.
“Foi uma experiência irada. Tinha muita gente assistindo, parecia uma arena de gladiadores, com muita gente vibrando nos dois lados do canal. As condições estavam ótimas, o sol saiu e tudo se encaixou perfeitamente. Essa vibe me ajudou a ficar calmo e confiante”, disse Pedro.
Em sua quinta edição, o torneio reuniu 12 atletas de calibre internacional para competir em cerca de 130 metros de “arena”. Para chegar aos obstáculos, que incluíam kickers (rampas) e rails (corrimãos) flutuantes, os atletas eram puxados por um sistema de cabos, suspensos por duas torres – na modalidade conhecida como cable wakeboard, que tem os cabos, ao invés de um barco, como motor.
Único atleta não-europeu da competição, Pedro passou por seis baterias qualificatórias e uma semifinal para chegar ao embate decisivo contra os outros finalistas. A altura das manobras do brasileiros e limpeza na condução dos movimentos chamaram a atenção dos juízes.
“Acho que o que fez a diferença foi o stalefish to blind que mandei bem alto na final. Não estava preparado para a manobra, mas senti que era o momento de mandá-la e deu certo. Ela saiu bem limpa”, afirmou Pedro. Matthew Muncey, do Reino Unido, ficou com o segundo lugar, e Robin Leonard, da própria Dinamarca, em terceiro.