Por Gregory Thomas
A escaladora norte-americana Sasha DiGiulian ganhou seu primeiro título nacional quando era apenas uma garota de 14 anos. Desde então, subiu ao pódio muitas outras vezes, em competições em seu país e fora dele. Paralelamente a moça vem consolidando seu nome também longe dos ginásios indoor, conquistando algumas das paredes rochosas mais difíceis do mundo – incluindo a primeira ascensão da rota Magic Mushroom, no monte Eiger, na Suíça. Para surpresas de muitos, seu hábitat natural não são as montanhas. É, isso sim, Manhattan, em Nova York, onde ela mora e onde recentemente se formou em administração e redação não-ficcional na prestigiosa Universidade de Colúmbia. Com agenda lotada e cercada de prédios por todos os lados, como essa nova-iorquina fica em forma para enfrentar grandes paredões rochosos mundo afora? Ela mesma responde a essa pergunta.
“Sempre que o tempo permite, eu vou andando para todos os lugares. Mas não faço meus exercícios em parques públicos, prefiro academia. Todos os dias.”
“Nos treinos de fortalecimento, eu foco em músculos específicos para o meu esporte, que se aplicam ao tipo de escalada que faço na pedra. Trata-se de uma modalidade dominada pela parte superior do corpo, mas é preciso exercitar as pernas também, pois há movimentos importantes no paredão.”
“Eu uso um equipamento chamado Treadwall, que é tipo esteira, só que vertical e cheia de alças. É ótimo para desenvolver a resistência. Nela, consigo treinar para uma escalada de 1.000 metros sem precisar me deslocar a lugar nenhum.”
“Eu curto cafeína. Neste momento, estou com um copo de café nas mãos. Como parte de todo treino, e se eu tiver aula, bebo um energético Red Bull – mas nunca tomei mais de um por dia.”
“Tudo com moderação, sempre. Se seu corpo quiser comer algo, coma o que quiser – só não exagere. Se você estiver fazendo exercício regularmente, seu organismo precisa do combustível adequado para manter o desempenho.”
“Como moro muito longe da maioria dos bons destinos de escalada, estou sempre viajando. Costumo brincar que quero fazer um vídeo de exercícios em hotéis. Levo na bagagem um tapetinho de yoga para pelo menos poder me alongar ou fazer flexões e abdominais. Mesmo um pouco de exercício cardiovascular antes ou depois de um voo faz uma bela diferença para o fuso-horário.”
“Todo mundo perde motivação uma hora ou outra, e você pode acabar em uma bola de neve na qual mais um dia sem treinar vira mais uma semana. Entretanto treinar é o meu trabalho. Então, mesmo quando estou me sentindo péssima e não quero ir para a academia, eu me forço a ir, porque um esforço pequeno é melhor que esforço nenhum. Meu treinador, Kevin Paretti, sempre me diz: ‘Se vira, dê um jeito’.”
“Eu uso o BellaBeat, um aplicativo que monitora o condicionamento físico e o sono. Ele coloca tudo na forma de gráficos, de modo que você pode ver quando se sentiu bem e estava com no melhor desempenho. Também pode checar como estava dormindo nessas fases. Dá para ver quando o corpo opera em condições ótimas, para fazer os ajustes necessários para uma ótima performance.”