No fim de maio, o Greenpeace fez um alerta durante a Tuna 2016, uma conferência dedicada à indústria do atum – que aconteceu na Tailândia: se os métodos de pesca deste peixe não for reformulado, podemos presenciar a extinção desta e de outras espécies marinhas.
O motivo é que o atum tem sido tirado do mar por meio de práticas altamente destrutivas, que combinam redes e espinhéis gigantes. Inevitavelmente, esses mecanismos acabam capturando e matando outros animais como golfinhos, tubarões e tartarugas marinhas – aves também são prejudicadas.
A denúncia foi direcionada à empresa Thai Union, dona da marca inglesa de atum enlatado John West (que monopoliza cerca de 1/5 dos produtos a base de atum vendidos no mundo).
Com os recursos se esgotando, comunidades costeiras se veem cada vez mais obrigadas a fazer viagens mais longas e perigosas para atender à demanda, e assim empresas como a Tahi Union têm ainda sido associadas a práticas que violam os direitos humanos, segundo o Greenpeace.
“A Thai Union tem que acabar com esses sistemas de pesca destrutivos e proteger os direitos humanos e as normas de trabalho – até dentro dos próprios navios de pesca. Não vamos parar até que eles possam atestar que sua cadeia de fornecimento é limpa e rastreável, da rede ao prato”, declarou Anchalee Pipattanawattanakul, líder da campanha na Ásia.
Em abril, o Greenpeace já havia publicado um guia para deixar a mudança prática, convocando varejistas a atuarem de maneira independente, barrando a entrada (de produtos dessas e outras marcas que violam direitos ambientais) em suas prateleiras. Grandes redes de supermercados, como o Walmart, também poderiam usar seu poder de compra para, pelo menos, colaborar com o mercado mais ético e sustentável.