A arte de se equilibrar em uma fita, sozinho e nas alturas, está longe de ser um esporte individual. Prova disso foi o Festival de Highline Gravatation, que no início de abril reuniu importantes nomes do highline nacional e internacional em Florianópolis (SC). Foram três dias de troca de ideias e experiências entre os praticantes da modalidade mais extrema do slackline. A iniciativa – inédita em território brasileiro – rolou nos penhascos da praia de Lagoinha do Leste, uma preservada região no sul da ilha.
Praticantes de diferentes níveis exploraram sete travessias montadas com distâncias que variavam entre 24 e 70 metros. O festival também celebrou um highline noturno, o “highluar”, além do divertido “highfantasy” (quando os praticantes são incentivados a atravessar a fita fantasiados). “O objetivo dessas atividades era proporcionar um ambiente alegre e descontraído para todos se sentirem ‘em casa’”, diz o highliner e escalador Allan Pinheiro, um dos organizadores do Festival – Rafael Bridi e Vinícius Goullart, outros dois prós do highline, são os outros dois idealizadores. “É importante estar confortável e confiante para superar os próprios limites”, conclui Allan.
A coletividade norteou as travessias. Além dos brasileiros, as linhas foram encaradas por highliners dos Estados Unidos, França e México. “Nosso objetivo foi transmitir o sentimento de respeito e reciprocidade entre todos, aproximando ainda mais a comunidade nacional do slackline”, conta Allan. “Além disso, a participação de atletas internacionais foi importante para a propagação de conhecimento técnico e de novas formas de segurança”, completa.
O evento teve a supervisão constante dos gaúchos Cristiano Backs e Joni Marcal, que ficaram atentos a possíveis resgates e atendimentos. No entanto, nenhum incidente foi registrado durante todo o festival.
O fotógrafo Bruno Graciano estava lá e registrou toda a ação em Floripa. Confira a seguir as divertidas e inspiradoras imagens que ele fez por lá.