Spot Connect: ligado no mundo

O veleiro balançava sobre as ondas, nossa vista da terra se escurecia por uma névoa espessa. Era o início de uma manhã de primavera, e eu estava velejando pela costa californiana de São Francisco a Los Angeles. Além do alcance da recepção de celulares, e sem contato com o mundo, liguei meu iPhone e comecei a digitar.

Poucos depois um recado simples estava sendo enviado pelo globo – “Velejando esta semana! Na costa da Califa” – e com ele uma anotação da minha posição precisa no planeta: latitude 34,00024, longitude -118,76839. Além disso, um link apareceu com a mensagem, postada no Facebook e no Twitter, no qual qualquer pessoa interessada poderia clicar para dar zoom em um mapa e ver em tempo real minha posição no oceano Pacífico.

No meu arsenal de dispositivos de comunicação para estar sempre em contato com o mundo, o SPOT Connect é único. Como descrevi acima, esse dispositivo estabelece um link com um smartphone para oferecer uma conexão com uma rede de satélites. O telefone e o SPOT se comunicam via sinais wireless de bluetooth. Seu telefone é o aparelho que envia as mensagens, e o SPOT é o uplink, um dispositivo de comunicação de GPS com uma linha direta a uma rede de satélites Globalstar que estão orbitando acima da atmosfera.

Nos EUA, o SPOT Connect custa US$169,99 mais um serviço de assinatura obrigatório com preços a partir de US$99,99 por ano. Suas funções incluem envio de mensagens personalizadas via celular; rastreamento de GPS; conexão remota com sites sociais e caixas de e-mail; e, para emergências e resgates, uma função de SOS que envia sua posição e uma mensagem digitada ao Centro Internacional de Coordenação de Assistência de Emergência da GEOS.

O dispositivo Connect é pequeno e a prova d’água, e tem poucos botões para ser operado. Pesa cerca de 140 gramas com a bateria e é feito com uma capa rígida para suportar temperaturas de -20 °C e altitudes de até 6.400 metros.

Ele funciona com os iPhones, iPads e o iPod Touch da Apple, assim como uma série de celulares que operam com o sistema Android. Fiz o download gratuito do aplicativo SPOT Connect para o meu iPhone, e ele estava pronto para ser usado em minutos.

Para a viagem no veleiro, antes de deixar meu hotel em São Franscico, conectei meu laptop ao site do SPOT (www.findmespot.com) para direcionar para onde eu queria que minhas mensagens remotas fossem enviadas. Selecionei o Facebook e o Twitter e também fiz o carregamento prévio de algumas mensagens customizadas para envio rápido no barco.

Como outros produtos da SPOT LLC que funcionam com a rede de satélites da Globalstar, há alguns limites geográficos. Exploradores nas regiões polares normalmente não têm a mesma sorte e uma boa parte da África está “off-line”. Grandes trechos do Pacífico Sul e do oceano Índico são citados como tendo “cobertura reduzida ou inexistente”. Mas a maior parte do resto de mundo está coberta.

A bordo do veleiro na costa da Califórnia, obter sinal não era problema. Eu digitava no meu iPhone e subia as mensagens conforme nosso barco se balançava sobre as ondas. Um pequeno LED que piscava no SPOT Connect sinalizava uma conexão com um satélite lá em cima e, portanto, com a Internet, minha conexão remota com o mundo.

–Stephen Regenold é o fundador e editor da www.gearjunkie.com.







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