Por Octávio Germann, da Go Outside online Além da importante conquista nas ilhas Cayman, Carol trouxe do Caribe o título de recordista sul-americana de lastro constante, chegando aos 74 metros de profundidade, além de ótimas apresentações nas demais modalidades da competição, como apnéia estática e lastro constante sem nadadeiras. De volta ao Brasil, Carol segue firme no seu propósito de preparar um número cada vez maior de atletas dispostos a competir em torneios internacionais e, no meio dessa correria, arranjou tempo para conversar com a equipe da Go Outside online e contar um pouco mais sobre sua importante vitória no Caribe.
Go Outside – Qual o significado da vitória no Déjà Blue II para você? Go Outside – Como você avalia as participações brasileiras em competições internacionais de mergulho? Go Outside – Você acredita que a vitória no Caribe tenha sido um passo importante para a divulgação do esporte no Brasil? Go Outside – Quais são suas próximas metas?
Vitória no além-mar. A medalha de ouro conquistada pela curitibana Carolina Schrappe no Campeonato Internacional de Mergulho e Apnéia Déjà Blue II, realizado nas ilhas Cayman no final de maio, não deixa de ser um grande empurrãozinho para a popularização do esporte no Brasil.
VENCEDORA: Carol exibe a medalha de ouro conquistada no Caribe
Carol Schrappe – A vitória no Deja Blue II significa muito pra mim, já que ano passado não consegui participar do evento por vários motivos, inclusive pela falta de patrocínio. Trata-se de um campeonato tradicional no calendário mundial e está na sua 6° edição, com resultados muito expressivos no ranking mundial. Ganhar essa competição não é fácil, pois o resultado final se dá a partir da somatória de pontos de seis provas distintas. Isso faz com que o atleta tenha de dar tudo de si para atingir a regularidade necessária para se destacar em disciplinas distintas, três de piscina e três de profundidade. Meus bons resultados na competição foram fundamentais para minha volta ao top 5 do ranking mundial em 2011.
Carol – Infelizmente são pouquíssimas. Sou uma das poucas atletas competindo internacionalmente, tanto entre homens como mulheres. Venho me esforçando ao máximo para representar muito bem nosso país e estou conseguindo graças à dedicação e muito trabalho. Para um atleta de ponta, superar a própria marca é uma vitória enorme. Tanto faz se essa marca é um recorde ou não. Meu maior objetivo é divulgar o esporte e fazer com que mais pessoas conheçam e pratiquem o mergulho livre. Gostaria de ver cada vez mais gente entendendo que esse esporte vai muito além de apenas colocar uma máscara e ir para o mar. É preciso conhecer as regras básicas de segurança e aplicá-las no mergulho livre sempre.
Carol – Com certeza! Quanto mais eu conseguir divulgar o esporte, melhor para todos. Pela primeira vez consegui levar uma aluna para um campeonato internacional e ela também representou muito bem o Brasil ficando em quarto lugar na competição. A Adriana Brandão está de parabéns, desceu 48 metros de profundidade e ficou mais de 6 minutos sem respirar na disciplina apnéia estática.
Carol – Fui convidada para o Campeonato Mundial Individual de Profundidade da AIDA (Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apnéia). Como fiquei em quarto lugar no ranking mundial do ano passado, tenho carta branca para esse Mundial, que será realizado em setembro na Grécia. Espero poder superar minha marca de profundidade e fazer bonito por lá. Fora isso, já estamos organizando mais um campeonato até o final do ano, mas ainda sem data definida. Quero que mais alunos e praticantes em geral comecem a competir e superem seus limites com segurança.