Os desafios e recuperação de um Ironman

A democratização da prática esportiva é um fenômeno inegável. Na água, na terra e no ar, tem cada dia um novo adepto e um desafio maior lançado no mercado com a finalidade de atrair, desafiar e envolver os praticantes.

Pouco tempo atrás ou você teria aptidão física para ser campeão ou faria, no máximo, suas aulas de educação física escolar.
O mundo do esporte mudou, os atletas amadores acreditam, buscam e superam o que antes era restrito para um seleto grupo considerado mais forte e capaz.

O limite está cada vez mais alto, as maratonas tornam-se pequenas diante das ultramaratonas; o tow-in coloca os surfistas em ondas que eles nunca imaginariam pegar na remada; as expedições de aventura quebraram diversas barreiras em relação à distância, sono e esforço físico. E junto de tantas transformações estamos buscando, suando e superando nossos limites com naturalidade, emoção e muita raça.

Parabéns para os IronMan 2011: este final de semana, na Ilha de Florianópolis, 1500 corredores estavam unidos por um ponto em comum: superar 4 quilômetros de natação, 180 quilômetros de bike e depois correr uma maratona (cerca de 42 quilômetros). Corredores que abriram suas agendas para superar o que antes era feito só pelos triatletas de raíz.

Para essas pessoas, a semana começou diferente: as distâncias são duras de serem vencidas, e a Ilha estava radiante e cheia de surpresas para envolver ainda mais cada etapa da prova: muito vento na bicicleta, corrente no mar e frio no final do dia contribuíram para qualidade do selo dessa conquista.

E, depois de um IronMan, de uma ultramaratona ou de qualquer super prova de endurance, o que muitas pessoas desconhecem é que temos que cuidar do corpo com muita inteligência. É superimportante fazer atividades físicas regenerativas para estimular o metabolismo e favorecer a recuperação muscular todos os dias.

Além disso, temos que escolher os alimentos, evitar frituras, doces e excessos porque nestes próximos dias o descanso implica reduzir drasticamente o volume de treino – e, portanto, diminuir muito suas refeições. Ou seja, quem abusar com “garfo” vai pagar caro: além de ganhar muito peso, vai demorar mais tempo para se recuperar. O contrário é verdadeiro: quem segurar a boca e os treinos se recupera mais rápido e mantém o corpo mais leve, forte e bonito.

A dica é simples: toda vez que você enfrentar um desafio de endurance casca grossa de verdade, assuma de 10 a 30 dias um estilo de vida mais elegante, ou seja, na hora de comer, vale mais degustar e apreciar o sabor dos alimentos do que fazer refeições grandes e pesadas.