6 dicas para evitar possíveis roubadas no Airbnb

Por Rachel NG

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DE MORADAS ao estilo Hobbit a casas isoladas na árvore ou chalés à beira-mar, os viajantes podem viver as férias de suas fantasias por meio de um aluguel no Airbnb.

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No entanto o refúgio dos sonhos também tem potencial para facilmente se transformar em pesadelo quando o imóvel escolhido está longe das expectativas.

Histórias de horror de outros usuários do Airbnb vão de banheiros embolorados e bairros perigosos a anfitriões, vizinhos ou até mesmo mascotes agressivos.

“A maior parte das queixas que recebemos relacionadas ao Airbnb vem de viajantes que interpretaram mal o que a plataforma é e o que não é”, diz Michelle Couch-Friedman, diretora-executiva da Elliott Advocacy, uma organização sem fins lucrativos que ajuda a mediar reclamações de consumidores.

“O Airbnb não gerencia nenhum dos imóveis que anuncia, tampouco esses imóveis são inspecionados pela plataforma”, explica.

O que significa que é missão dos consumidores fazer uma avaliação cuidadosa e a checagem adequada do alojamento e do anfitrião antes da reserva. Eu pedi a oito usuários frequentes de Airbnb seus conselhos mais valiosos sobre como fazer isso.

A seguir, algumas dicas deles:

1. Leia a descrição

Pode parecer óbvio, mas frequentemente as pessoas ficam tão fascinadas pelas fotos do imóvel que subestimam detalhes essenciais de sua descrição. Quando você está procurando um alojamento, o Airbnb enumera um mix de resultados que inclui casas inteiras, quartos privados, quartos de hotel e quartos compartilhados.

“Você deve verificar cuidadosamente que tipo de lugar está reservando antes de confirmar a reserva”, sugere Dymohe Mensink, blogueira de viagens e usuária assídua do Airbnb.

Dessa forma, você não vai reservar acidentalmente um espaço compartilhado quando o que está procurando é um lugar só para você. Além de ler sobre as instalações e comodidades básicas e sobre os horários de entrada e saída, você também precisa se assegurar de que entendeu o que as taxas de limpeza cobrem. Quando a blogueira de viagens Trysta Barwig começou a usar o Airbnb, ela supôs que seria praticamente como um hotel.

“Acabei me dando conta de que não era assim depois de me cobrarem uma taxa de limpeza por não lavar a louça”, conta ela. De fato, o anfitrião determina o que está incluído nas taxas de limpeza, e alguns deles fazem exigências adicionais, como colocar a roupa de cama suja na máquina de lavar ou guardar a louça antes de partir. Não cumprir as regras pode ocasionar a cobrança de uma taxa extra.

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2. Não passe por cima da política de cancelamento

Viajantes deveriam prestar especial atenção à política de cancelamento, que é estabelecida pelo anfitrião. “Há opções de hospedagem no Airbnb que podem ser canceladas no último minuto, e outras que não podem ser canceladas de forma alguma. E, às vezes, você reembolsa apenas uma porcentagem dos gastos da reserva”, conta Dymohe. Michelle adverte que o anúncio é um contrato vinculativo legal.

“Não revisar nem entender inteiramente a política de cancelamento de uma determinada propriedade não fundamenta uma ruptura de contrato”, afirma ela. “Na minha experiência, especialmente durante a pandemia, a única coisa em que os viajantes não prestam atenção e mais tarde se arrependem é a política de cancelamento.”

3. Leia as avaliações

Comentários e avaliações de quem já se hospedou ali podem ajudar a oferecer uma imagem mais completa da vizinhança, da qualidade das instalações, da acessibilidade do imóvel e de quaisquer outras possíveis bandeiras vermelhas.

A blogueira de viagens Michelle Chang conta bastante com as avaliações na hora de escolher um lugar para ficar no Airbnb. Ela procura coisas que o anfitrião pode não incluir na descrição, como ruído da rua e qualidade do wifi. Um local com poucas resenhas pode ser uma bandeira vermelha.

“A única vez que não segui meu próprio conselho o lugar acabou sendo realmente duvidoso”, conta Michelle Chang. “Eu me assegurei de que minha própria avaliação no Airbnb seria mais útil para futuros viajantes e os preveni diplomaticamente.” Procure uniformidade nelas. “É normal ter uma ou duas resenhas imprecisas”, diz a blogueira de viagens em família Kristy Esparza.

“Mas se diversos usuários comentarem sobre algo que pode me incomodar, caio fora.” Também vale a pena lembrar que as resenhas do Airbnb normalmente não aparecem em ordem cronológica, então é importante rolar a página até o fim para ter certeza de encontrar as declarações mais recentes.

Se uma casa mudar de proprietário, novos hóspedes podem ter reclamado de uma experiência inferior à expectativa num local que foi bem avaliado previamente. Em contrapartida, um Airbnb que outrora deixava a desejar pode ter feito melhorias nos últimos meses.

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4. Fale com o anfitrião

O blogueiro de viagens Marc Tonkin anima os viajantes a conhecerem seus anfitriões antes de formalizarem a transação clicando no botão “Fale com o anfitrião” e mandando uma mensagem para ele. “Pergunte ao anfitrião todas as suas dúvidas e não hesite em se informar sobre as especificidades de sua estadia”, sugere ele. A forma como um anfitrião responde suas perguntas iniciais pode te dar uma pista sobre como ele lidaria com qualquer questão que possa surgir durante sua estadia.

Alguns anfitriões são especialistas em hospitalidade, já outros estão simplesmente tentando ganhar uma grana extra alugando seus imóveis. O nômade digital e podcaster Rax Suen confere se o anfitrião estará perto do imóvel alugado.

“Costumo preferir quando o proprietário mora em algum lugar próximo, assim poderá responder rápido se alguma coisa der errado”, diz ele. “Também é bom ter acesso a alguma ajuda local quando você está em um país estrangeiro.” Rax prefere reservar de superanfitriões, uma designação dada àqueles que cumprem requisitos como uma taxa de resposta de 90% e avaliação média de 4,8 ou superior.

Ele acredita que isso traz “uma prova social extra de que a experiência será boa”. Embora o distintivo de superanfitrião ofereça um plus, ele não garante que sua estadia será uma experiência livre de problemas. “Viajantes precisam entender que a qualificação de superanfitrião se aplica ao anfitrião, não a uma determinada propriedade”, explica Michelle Couch-Friedman. “Muitos superanfitriões têm diversas propriedades, e um anfitrião recebe esse distintivo por alcançar um determinado número de resenhas cinco estrelas de hóspedes prévios.”

5. Estude as fotos

Quando Michelle Couch-Friedman reserva uma estadia pelo Airbnb, ela analisa as fotos cuidadosamente.“Se elas não parecerem recentes ou se parecerem capturas de tela, rolo a página e continuo procurando”, ela conta. A blogueira de viagens em família Besa Sumovic dedica tempo aos detalhes. “O anúncio pode dizer ‘amigável com famílias’, mas ele realmente parece ser o que promete?”, ela pergunta. “Há cabos por todo lado, mesas de vidro, muitas escadas; há um espaço aberto onde crianças podem brincar?”

Para evitar ser enganada por um aluguel no Airbnb inexistente, Michelle Couch-Friedman confere a propriedade arrastando as imagens até uma busca no Google Images, assim ela pode saber se as fotos existem em algum outro lugar da internet.

6. Não abandone seu Airbnb se ele tiver problemas

Se a propriedade não for satisfatória quando você chegar, não a rejeite de cara nem procure rapidamente uma acomodação alternativa. “Um erro comum é chegar no imóvel, dar uma olhada, decidir que não é o que se esperava e ir embora, esperando receber um reembolso”, conta Michelle Couch-Friedman.

Nesses casos, os viajantes que decidem que o imóvel não é o que anuncia devem alertar imediatamente tanto o anfitrião como o Airbnb, documentar tudo com fotos e vídeos dos problemas, como lençóis manchados ou uma cozinha anti-higiênica.

O anfitrião costuma ter de 12 a 24 horas para solucionar algo que se possa ser corrigido, como, por exemplo, mandar um serviço de limpeza ou trocar um colchão ou uma televisão quebrada. “Se o Airbnb determinar que o problema não pode ser resolvido, tentará reacomodar o hóspede em um imóvel equivalente”, afirma Michelle Couch-Friedman.

“O reembolso só acontece quando o imóvel desviar consideravelmente do anunciado – por exemplo, um apartamento com três quartos e não com os cinco do anúncio – e se não existir nenhuma forma de solucionar o problema.”

Matéria originalmente publicada na Revista Go Outside 172.







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