O que se viu dos surfistas tupiniquins nesta prova foi um surf progressivo recheado de manobras aéreas. Uma performance estilosa, de ótima leitura de onda e muita, mas muita vontade de vencer. Deu gosto de ver a garra dos garotos. Miguel Pupo chegou à final e eliminou o dono da casa Tanner Gudauskas, que havia vencido Jessé Mendes numa bateria duvidosa. Pupo vingou o parceiro. Neste momento, a festa verde-amarela foi intensa.
Ao sair da água, Miguel Pupo pegou a bandeira do Brasil e correu em direção ao pai, Wagner, atleta experiente e shaper. Os dois se abraçaram firmemente. Wagner sempre apoiou o filho, que usa as pranchas feitas por ele. Pupo sempre acompanhou o pai nas etapas do Brasileiro. Quando este estava na água, o observava atentamente. Vez ou outra, o pequenino surfava no imaginário. Aplicava bonitas rasgadas, leque de areia pro alto, voltava agachadinho, como bem fez em Trestles para orgulho do pai.
Miguel Pupo decola com estilo
Os brasileiros fizeram bonito na valiosa etapa Prime da divisão de acesso à elite mundial, o Nike Lowers Pro, na Califórnia. Durante o evento, os gringos, principalmente os locutores, rasgaram elogios aos nossos atletas – ainda bem que os caras deixaram o umbigo um pouco de lado. Na fase das quartas, dos oito profissionais, seis eram brazucas. Entre eles, as feras Heitor Alves, Jessé Mendes, Junior Faria, Thiago Camarão, Miguel Pupo e Jadson André.